Há filmes que encantam pela trama elaborada e emocionante, outros que conquistam o espectador por sua habilidade e beleza técnica. Este é o caso de Kubo e as Cordas Mágicas, que surpreende com sua animação de artes marciais em stop-motion impecável.
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O desenho se passa no Japão feudal – e místico – e acompanha Kubo, um exímio contador de histórias, que sonha em resolver o mistério sobre a morte do seu pai. Quando bebê, o avô materno do garoto roubou um de seus olhos, e por isso ele e a mãe vivem escondidos do vilão. O herói também é um mestre do origami, e com a ajuda de um instrumento mágico, dá vida as suas dobraduras. Tudo vai bem até o dia que ele desobedece as ordens da mãe e é encontrado por suas malvadas tias feiticeiras. A mãe de Kubo se sacrifica para salvá-lo, e o garoto inicia uma jornada, acompanhado da poderosa e engraçada Macaca e de um Besouro Samurai, em busca de uma armadura mágica.
A primeira vista, o roteiro de Kubo parece cair no lugar-comum, mas o filme possui bons diálogos e um humor inteligente. Porém, o principal elemento do longa é como o estúdio Laika eleva o nível técnico e visual das animações. O longa se baseia no folclore japonês, e usa o grafismo do origami para construir cenários e imagens, criando uma ideia de transformação e evolução na trama. Cada frame indica um cuidado visual perfeito, misturando a técnica do stop-motion com computação gráfica, e mostra que a tecnologia também pode fazer mágica, que enfeitiça adultos e crianças.
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