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Impecável, David Gilmour começa turnê brasileira de forma arrebatadora

Ex-guitarrista e vocalista do Pink Floyd fará mais um show em São Paulo antes de seguir para Curitiba e Porto Alegre

Por Daniel Dieb
12 dez 2015, 10h45

O cantor e guitarrista inglês David Gilmour fez uma apresentação primorosa ontem à noite no Allianz Park, em São Paulo: de 5 A.M., de seu disco Rattle that Lock, lançado em setembro deste ano, a Comfortably Numb, de The Wall (1979), álbum clássico do Pink Floyd, foram nada menos 18 canções de diferentes fases de sua carreira. E todas acabaram sendo entoadas e absorvidas pelo público, estimado em 40 000 pessoas.

Gilmour iniciou sua apresentação com três canções de Rattle that Lock: 5 A.M., a faixa-título e Faces of Stones. Depois, pegou seu violão para a primeira referência ao seu antigo grupo, um dos ícones da psicodelia inglesa: ele tocou a balada Wish You Were, que deu nome ao disco que o Pink Floyd lançou em 1975. O clima delicado continuou com A Boat Lies Waiting, que traz murmúrios de Gabriel (filho do guitarrista), gravados quando ele ainda era uma criança. O Pink Floyd voltou a dar o tom em duas canções de The Dark Side of the Moon (1973). Money,com sua singular linha de abertura de baixo (que, infelizmente, deu errado: a banda foi obrigada a começar a canção duas vezes) e Us and Them. Nas duas canções brilhou o saxofone de João Mello, brasileiro que integra a banda de David Gilmour. entradas de Mello. Um clima silencioso tomou conta do local para o assobio de Gilmour no começo de In Any Tongues, para então High Hopes fechar a primeira parte da apresentação.

Após o intervalo de vinte minutos, Gilmour atacou com Astronomy Domine. Ela, no entanto, apenas preparava terreno para um dos ápices do espetáculo. No meio do palco e de camiseta preta, Gilmour, com o ombro esquerdo levantado próximo ao ouvido, tocou o acorde agudo inicial de Shine On You Crazy Diamond, cujas vibrações sonoras fizeram a plateia se arrepiar.

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Após Fat Old Sun, outra canção do Pink Floyd (está em Atom Heart Mother, de 1970), Gilmour retornou à obra solo com On an Island, do álbum homônimo de 2006. Em seguida, a levada de jazz de The Girl in the Yellow Dress foi acompanhada por um desenho animado exibido no telão redondo do evento, e ela foi sucedida por Today, que integra Rattle that Lock. O repertório de Gilmour voltou aos tempos de banda com Sorrow e Run Like Hell, na qual os músicos tiveram de usar óculos escuros devido às fortes luzes brancas que disparavam como flashes. A essa altura, poucos estavam sentados e comportadosantes do bis. Muitos balançavam seus braços em V com os punhos cerrados, e seus rostos não escondiam a incredulidade em escutar e ver um ídolo, mesmo com o show quase por terminar.

Gilmour saiu mas não tardou em retornar ao palco. Despertadores e alarmes soavam, relógios eram exibidos no telão. Iluminado por luzes vermelhas vindas de trás, o cantor entoou Time, cujo refrão foi cantado em uníssono pelo público. O tempo estava se esgotando, a música chegava ao seu fim, mas Gilmour tinha mais a dizer, a cantar e a tocar. Não tanto quanto os fãs desejavam, é verdade, porém ainda faltava uma, a saideira. De forma épica, Gilmour encerrou a noite com Comfortably Numb e deixou o público em uma mistura de calma e euforia. Próximos aos portões de saída, pai e filho, entre ligações para táxis e goles d’água, imaginavam como seria ver Gilmour e Roger Waters juntos. A noite desta sexta pôde dar alguma noção aos dois. Gilmour repete a dose hoje no Allianz Park e depois segue para Curitiba e Porto Alegre.

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