“Idiotice”, diz Rafael Cortez sobre polêmica das marchinhas
Em camarote na Sapucaí, humorista fala sobre como fazer humor em meio à onda do politicamente correto
O humorista Rafael Cortez classificou de “idiotice” a polêmica das marchinhas de carnaval consideradas politicamente incorretas, como Maria Sapatão, Cabeleira do Zezé e Índio Quer Apito. “Acho uma idiotice tentar impedir que as pessoas se apropriem da identidade brasileira. O que acontece com essa história das marchinhas é que a gente sabota a nossa própria cultura”, afirmou.
O humorista aproveitou o primeiro dia de desfile das escolas do grupo de acesso na Marquês de Sapucaí dentro do camarote Número 1, antigo camarote Brahma, acompanhado da namorada e de amigos. Segundo ele, a onda do politicamente correto tem dificultado o trabalho de humoristas. “A minha tática nos meus shows e stand ups é fazer o autobullying”, diz. “Começo me zoando, evito mexer com a plateia. Sem autobullying não dá mais para fazer humor”, diz.
Cortez também comentou a nudez feminina na Sapucaí. “Acho que faz parte, mas o arriscado da nudez no Carnaval é que ela vira um estereótipo que abre margem para comentários machistas”, disse.