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Humor ácido e pitacos inteligentes: as colunas de Jô Soares em VEJA

Comediante que morreu nesta sexta-feira, 5, foi colunista da revista entre 1989 e 1996, deixando um legado histórico de crônicas satíricas ao seu estilo

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 ago 2022, 15h52 - Publicado em 5 ago 2022, 15h17

Jô Soares (1938-2022) foi colunista de VEJA entre 1989 e 1996 e deixou um grande acervo de textos repletos de humor ácido e pitacos inteligentes. O humorista não poupava políticos, como o então presidente Fernando Collor (mandato de 1990 a 1992), regras de etiqueta, dietas e o brasileiro comum. Tudo poderia ser assunto em sua coluna para a revista.

No texto Regras de Etiqueta ou Como se Comportar em Uma Recepção, Jô tentava dar conselhos aos novos deputados eleitos que iam começar a frequentar eventos em Brasília: “Antes de mais nada, verifique se está mesmo na festa para a qual foi convidado. Se você for do PT (Partido dos Trabalhadores), dificilmente será chamado para um jantar do PFL” (Partido da Frente Liberal, que virou Democratas e depois foi fundido com o Partido Social Liberal para formar o União Brasil). Mas alfinetava políticos, ainda, em Fritura de Ministro. “Prepare, numa frigideira, um refogado à base de vaidade e incompetência. Adicione uma pitada de ingenuidade. Coloque em fogo brando e mexa. É importante mexer bem. Se a mistura ficar imexível, a receita pode desandar. Enquanto o refogado vai dourando, separe, em um recipiente à parte, um escândalo. Este ingrediente é fundamental. […] Sirva bem quente. Para completar, prepare uma boa CPI de sobremesa”, dizia a sátira de 24 de abril de 1991.

'Fritura de Ministro', coluna de Jô Soares em 1991
(ARQUIVO/Editora Abril)

O humorista também não via problemas em tirar sarro de si mesmo, principalmente de seu peso. Em Veja o Gordo, ele começava: “Todo mundo continua interessado em perder peso. Posso falar tranquilamente no assunto porque, se somar tudo que emagreci em várias dietas através dos anos, eu já perdi uns 760 quilos”, escreve Jô Soares na coluna de 30 de janeiro de 1991. “Não há mais por que duvidar. Como mostram as fotos, Karl Marx, filósofo alemão, era na verdade Papai Noel. Por isso Papai Noel só se vestia de vermelho e morava no Polo Norte, perto da Sibéria, região gelada da União Soviética”, ironizava o autor em Revelação deste Natal: Marx era Papai Noel, em 26 de novembro de 1990.

Confira algumas das colunas de Jô Soares em VEJA:

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Coluna de Jô Soares em 3 de abril de 1991
(Arquivo/Editora Abril)
ArquivoColuna de Jô Soares
(Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares em 13 de março de 1991
(Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 6 de março de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 26 de dezembro de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 2 de janeiro de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
ArquivoColuna de Jô Soares
(Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares
(Arquivo/Editora Abril)

Coluna de Jô Soares em 3 de abril de 1991

Arquivo
Coluna de Jô Soares em 30 de janeiro de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 6 de fevereiro de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 13 de fevereiro (Arquivo/Editora Abril)
Arquivo
Coluna de Jô Soares em 20 de fevereiro de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares
(Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares
(Arquivo/Editora Abril)

 

Coluna de Jô Soares em 1º de maio de 1991
(Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares em 3 de abril de 1991
Coluna de Jô Soares em 3 de abril de 1991 (Arquivo/Editora Abril)
Coluna de Jô Soares em 8 de maio de 1991
(Arquivo/Editora Abril)
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