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Homem mais rico da Rússia se afasta do Museu Guggenheim

Vladimir Potanin era um dos principais financiadores da instituição em Nova York, e atuava como curador desde 2002

Por Amanda Capuano Atualizado em 3 mar 2022, 14h57 - Publicado em 3 mar 2022, 12h37

Uma semana depois da invasão da Ucrânia, o oligarca Vladimir Potanin, o homem mais rico da Rússia, encerrou a sua parceria de 20 anos com o Museu Guggenheim, de Nova York, onde atuava como curador e financiador desde 2002. Membro de longa data do conselho, Potanin patrocinava, por meio de sua fundação, uma série de exposições da casa, incluindo a mostra dedicada ao russo Wassily Kandinsky que está em cartaz em Nova York.

Em comunicado divulgado nessa quinta-feira, 3, o museu informou que Potanin renunciou de sua posição. “O Guggenheim aceita esta decisão e agradece ao Sr. Potanin por seu serviço ao museu e seu apoio à exposição, conservação e programas educacionais”, diz o comunicado. A nota não apresenta uma justificativa para o afastamento, mas condena a invasão da Ucrânia e a “guerra sem justificativa contra o governo russo e o povo ucraniano”, dando a entender que o corte de laços foi motivado pela proximidade de Potanin com Putin —  ele aparece entre as 210 pessoas que integram a “lista Putin” feita pelo tesouro americano para elencar indivíduos ligados ao presidente russo. Mais do que a relação, o afastamento é consequência das sanções impostas a oligarcas russos para pressionar o governo a recuar da guerra.

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Presidente Vladimir Putin e Vladimir Potanin em encontro em 2018 (Mikhail Klimentyev/Russian Presidential Press/Getty Images)

Na terça-feira, 2, Petr Aven, outro empresário russo ligado a Putin, que foi submetido a sanções da União Europeia, deixou o cargo de administrador da Royal Academy of Arts em Londres, que devolveu as doações recebidas para a exposição atual, Francis Bacon: Man and Beast. Também em Londres, o Tate tem sofrido pressões por sua conexão com outro proeminente oligarca russo, Viktor F. Vekselberg, listado como membro honorário da Fundação Tate em reconhecimento às doações que fez de 2013 a 2015.

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Dono de mais de um terço da maior produtora de níquel do mundo, Norilsk Nickel, e acionista majoritário na farmacêutica Petrovax Pharm, Potanin tem uma fortuna estimada em 25,2 bilhões de dólares, o que o coloca na dianteira dos russos no ranking de bilionários da Bloomberg. Segundo a lista, os dez russos mais ricos de mundo chegaram perder 39 bilhões de dólares em um único dia após a invasão da Ucrânia — a empresa de Potanin, por exemplo, acumula uma queda superior a 50% no ano.

Além disso, no último domingo, a Casa Branca informou através das redes sociais que lançará uma força-tarefa transatlântica para identificar, caçar e congelar os ativos de empresas e oligarcas russos sancionados – incluindo iates, mansões e “quaisquer outros ganhos ilícitos que possam ser encontrados e congelados sob a lei”. Como consequência disso, pelo menos cinco iates de bilionários russos foram vistos navegando nas águas das Maldivas essa semana, incluindo o Nirvana, de 88 metros, de Vladimir Potanin. Não é surpresa, portanto, que ele queira se afastar do país.

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