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Grande Prêmio do Cinema Brasileiro consagra ‘O Palhaço’

Filme venceu em 12 categorias, incluindo melhor ator coadjuvante para Paulo José, melhor ator para Selton Mello e melhor longametragem de ficção

Por Luís Bulcão, do Rio de Janeiro
15 out 2012, 23h42
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  • Não houve surpresa no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado na noite desta segunda-feira no Theatro Municipal, no Rio de Janeiro. O Palhaço, de Selton Mello venceu 12 das 13 indicações recebidas, incluindo as de melhor ator coadjuvante, para Paulo José, melhor ator, para Selton Mello, e melhor longametragem de ficção. Deborah Secco recebeu o prêmio de melhor atriz por sua atuação em Bruna Surfistinha, que também deu a Drica Moraes o prêmio de melhor atriz coadjuvante.

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    Vídeo: Isabela Boscov fala sobre O Palhaço, de Selton Mello

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    Selton, já consagrado como ator, afirmou que tem encontrado na direção a melhor forma para se expressar. “Meu pais me deram ferramentas, mas nunca me impuseram nada. Me deixaram livre para pensar, para sonhar e para imaginar. A câmera é uma espécie de olho que quer escrever. Dirigir é uma forma de eu escrever o que eu sinto, meus anseios, meus devaneios, meus sentimentos mais profundos, de ocupar a tela com o máximo da minha expressividade”, disse ao receber o prêmio de melhor direção.

    Logo antes da cerimônia, ele conversou com a imprensa e afirmou que O Palhaço foi bem sucedido ao conseguir conciliar sucesso de crítica e público ao tratar de um tema inusitado no cinema atual brasileiro. “É um filme que não trata de favela, não se passa no Rio de Janeiro, não traz clichês”, disse. Selton também destacou que O Palhaço vai representar o Brasil na tentativa de mais uma indicação ao Oscar – os indicados serão divulgados em janeiro. Ele afirmou também que espera lançar o filme no mercado dos Estados Unidos. “Tomara que esse sucesso se espalhe, principalmente na América do Norte”, afirmou.

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    Emoção – Um dos momentos mais emocionantes do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, foi quando Drica Moraes e Paulo José foram chamados para receber os prêmios de melhor atriz coadjuvante e de melhor ator coadjuvante. Ambos foram aplaudidos de pé. Drica, que sofria de leucemia e passou por um transplante de medula em 2010, brincou dizendo que aquele seria o prêmio da categoria “os sobreviventes”. Ela dedicou o troféu ao seu doador, entre outros.

    Paulo José também emocionou o público, fazendo o discurso de agradecimento, mesmo com a dicção abalada pelo mal de Parkinson. “Adorei participar de um filme de tanta aceitação por parte do público. Um filme de primeira mão. Não é um filme de produção. É original… É um filme que me deu muita alegria, muito prazer”, disse antes de ser mais uma vez ovacionado pela plateia.

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    Entrevista: Em O Palhaço, Selton Mello busca o grande público

    Um Theatro Muncipal com diversas cadeiras vazias assistiu a uma série de imagens e encenações que lembraram os 50 anos de carreira de Cacá Diegues, homenageado na cerimônia. Em plena atividade, o cineasta encarou o reconhecimento com humor: “Eu achava que era novinho demais para ter um prêmio desses. É uma homenagem que se presta para quem está se aposentando ou para quem morreu. Como nenhuma dessas duas coisas jamais vai acontecer comigo, tomo esse prêmio como um estímulo para recomeçar”, disse. Cacá afirmou que o Brasil tem o potencial de reproduzir com mais generosidade e diversidade, no século 21, o que Hollywood foi para os Estados Unidos no século passado. “Mas não acredito que isso vá acontecer, então eu fico fazendo o meu papel e acho que cada um de nós deveria fazer o seu”, disse.

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    O filme Bruna Surfistinha foi outro destaque da premiação, com três troféus Grande Otelo. Foi seguido por O Homem do Futuro e pelo documentário Lixo Extraordinário, que levaram dois troféus cada.

    Confira a lista dos vencedores:

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    Melhor roteiro original: Marcelo Vindicatto e Selton Melo (O Palhaço)

    Melhor roteiro adaptado: Antonia Pellegrino, Homero Oliveto e José de Carvalho (Bruna Surfistinha)

    Melhor figurino: Kika Lopes (O Palhaço)

    Melhor maquiagem: Marlene Moura e Rubens Libório (O Palhaço)

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    Melhor direção de arte: Cláudio Amaral Peixoto (O Palhaço)

    Melhor trilha sonora original: Plínio Profeta (O Palhaço)

    Melhor trilha sonora: Vladimir Carvalho (Rock Brasília)

    Melhor som: Jorge Saldanha, Miriam Biderman, Ricardo Reis e Rodrigo Noronha (O Homem do Futuro)

    Melhor longametragem estrangeiro: Meia-Noite em Paris

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    Melhor curtametragem de ficção: Para eu dormir tranquilo

    Melhor curtametragem documentário: A Verdadeira História da Bailarina de Vermelho

    Melhor curtametragem de animação: O céu no andar de baixo

    Melhor direção de fotografia: Adrian Teijido, ABC (O Palhaço)

    Melhor montagem de ficção: Marília Moraes e Selton Mello (O Palhaço)

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    Melhor montagem de documentário: Pedro Kos (Lixo Extraordinário)

    Melhor efeito visual: Cláudio Peralta (O Homem do Futuro)

    Melhor atriz coadjuvante: Drica Moraes, como Larissa (Bruna Surfistinha)

    Melhor ator coadjuvante: Paulo José, como Valdemar/Palhaço Puro Sangue (O Palhaço)

    Voto popular melhor longametragem estrangeiro: Rio, de Carlos Saldanha

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    Voto popular melhor longametragem documentário: Quebrando o Tabu, de Fernando Grostein Andrade

    Voto popular melhor longametragem de ficção: O Palhaço, de Selton Mello

    Menção honrosa: Brasil Animado 3D, de Mariana Caltabiano

    Melhor longametragem infantil: Uma Professora Muito Maluquinha, de André Alves Pinto e César Rodrigues

    Melhor longametragem documentário: Lixo Extraordinário

    Melhor ator: Selton Mello

    Melhor atriz: Deborah Secco

    Melhor direção: Selton Mello

    Melhor longametragem de ficção: O Palhaço, de Selton Mello

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