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‘Game of Thrones’ tem embate rápido – mas com consequências políticas

Penúltimo episódio da série trouxe a guerra final pelo Trono de Ferro e lançou cartas para o desfecho, com uma Daenerys cada vez mais apática e solitária

Por Rafael Aloi
Atualizado em 13 Maio 2019, 09h41 - Publicado em 13 Maio 2019, 09h19

(Atenção: este texto contém spoilers do quinto episódio da oitava temporada de Game of Thrones)

Quem assiste a novelas sabe que o penúltimo episódio é tão ou mais importante que o último, e o novelão atual mais assistido no mundo, Game of Thrones, seguiu essa mesma regra no domingo 12. O quinto episódio da última temporada trouxe o tão esperado confronto entre Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) e Cersei Lannister (Lena Headey), pelo Trono de Ferro. A guerra em si teve uma resolução rápida e fácil, mas suas consequências devem ecoar no encerramento da saga.

Uma das cenas mais impactantes veio logo no começo, quando Varys (Conleth Hill) foi executado por Daenerys depois que ela descobriu que ele tentava enviar cartas contando a verdade sobre a linhagem real de Jon Snow (Kit Harington) e declarando abertamente seu apoio para que o nortenho sentasse no trono. Foi não só a morte de um dos personagens mais importantes, inteligentes e com grande papel nas decisões políticas de Westeros, mas também a ilustração do aumento da aura sombria e cada vez mais apática e solitária de Daenerys, que passou a enxergar tudo e todos como traidores, inclusive o seu amado Snow.

O conselheiro da Mãe dos Dragões, Tyrion Lannister (Peter Dinklage) também pode sofrer consequências mortais nas mãos da rainha em um futuro próximo, já que ajudou a libertar seu irmão, Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau), para que ele salvasse Cersei.

A guerra começou e teve seu lado vencedor declarado muito rápido, decepcionando aqueles que esperavam uma longa batalha que colocasse a vida dos protagonistas em risco. Daenerys aprendeu com a morte de Rhaegal e, junto com uma estratégia de voo bem calculada, usou Drogon para destruir toda a frota de Euron Greyjoy (Pilou Asbæk) – morto em uma batalha contra Jaime depois – e as defesas de Porto Real. Em seguida, o exército de Cersei se rendeu, jogando as armas ao chão.

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Mas Daenerys (que teve pouco destaque em cena) não aceitou uma simples rendição, e em sua sede de vingança resolveu queimar toda a cidade, mesmo sem necessidade. Já Verme Cinzento (Jacob Anderson), também por vingança da morte de Missandei (Nathalie Emmanuel) no episódio anterior, começou uma nova batalha em terra contra o exército dos leões. Jon Snow, dividido, sofria com o descabido derramamento de sangue.

‘Game of Thrones’: Davos Seaworth (Liam Cunningham), Jon Snow (Kit Harington) e Tyrion Lannister (Peter Dinklage) (HBO/Divulgação)

O ponto alto do episódio veio a seguir, na interpretação de Lena Headey da rainha Cersei. Com pouquíssimas palavras, a atriz conseguiu transpor várias emoções e, em uma cena com fortes closes em seu rosto, exibiu o desespero da personagem ao ver sua fortaleza sendo destruída. Ao mesmo tempo, ainda tentava manter a pose de poderosa, em uma interpretação tão forte como a de quando caminhou nua pela cidade, na quinta temporada. Não será exagero dizer que o nome da atriz já pode ser considerado para a próxima temporada de premiações.

No fim, Cersei encontrou Jaime, e ali se entregou às suas emoções reais. Os dois morreram abraçados enquanto a fortaleza desabava sobre suas cabeças, em um desfecho bem humano para os gêmeos vilões e amantes. Contrariou, porém, uma profecia bem conhecida dos livros de George R. R. Martin que dizia que a rainha seria morta por um de seus irmãos – apesar de Jaime estar com as mãos ao redor do pescoço de Cersei em seu momento final, como indicava a profecia.

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A tão esperada luta entre os irmãos Cão de Caça (Rory McCann) e Montanha (Hafþór Júlíus Björnsson) também aconteceu. Terminou com os dois despencando da torre e sendo engolidos pelas chamas que consumiam a cidade. Ainda houve tempo para a morte, de certa maneira cômica, de Qyburn (Anton Lesser), arremessado contra uma pedra por Montanha.

O foco do episódio foi o embate bélico entre as duas rainhas, mas seu significado político é o que dará rumo ao final da série – afinal, em Game of Thrones a política sempre teve mais importância na narrativa do que qualquer confronto. Talvez a sequência final com Arya Stark (Maisie Williams), que não teve nenhuma função prática na batalha, acordando em uma cidade completamente destruída por Daenerys e vendo milhares de inocentes mortos, simbolize bem os rumos esperados para o próximo capítulo. Daenerys finalmente conquistou os sete reinos, mesmo que pelo medo, mas será que ela merece estar no trono?

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