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Filme sobre drama contemporâneo do Irã é aclamado em Berlim

'Nader and Simin – A Separation', de Asghar Farhadi, conquista leva prêmio de melhor filme, ator e atriz

Por Carlos Helí de Almeida, de Berlim
19 fev 2011, 16h59

Não houve surpresas na premiação do 61ª Festival de Berlim, encerrado na noite deste sábado na capital alemã, depois de dez dias de programação. Franco favorito desde sua primeira exibição para a imprensa, na manhã da última terça, o iraniano Nader and Simin – A Separation, de Asghar Farhadi, que fala de diversos aspectos do Irã moderno através de uma querela legal entre duas famílias de Teerã, foi o grande vencedor da maratona, conquistando não somente o Urso de Ouro de melhor filme, como também o Urso de Prata de melhor ator, dado ao elenco masculino do filme, e o Urso de Prata de melhor atriz, entregue ao elenco feminino da produção.

A torcida pelo longa iraniano, que tem distribuição garantida no Brasil pela Imovision, começou já do lado de fora do Berlinale Palast, o cinema-sede do festival, e tradicional palco da cerimônia de entrega de prêmios. Numa edição marcada por protestos de rua contra a prisão do realizador iraniano Jafar Panahi (O Círculo), impedido de participar do júri do festival, bandeiras do Irã foram estendidas de ponta a cabeça por ao longo da passarela que dá acesso ao teatro. Lá dentro, ao dar início à festa, o diretor do evento, Dieter Kosslick, trouxe para o palco uma cadeira vazia com o nome de Panahi.

Nader and Simin – A Separation também foi escolhido melhor filme da seleção pelo júri do Prêmio Ecumênico, concedido por entidades religiosas ligadas às igrejas católica e protestante. Há dois anos, Farhadi saiu da Berlinale com o Urso de Prata de direção pelo filme Procurando Elly, outra drama envolvendo famílias iranianas que expressava questões sociais nas entrelinhas. O júri oficial da competição deste ano foi presidido pela atriz italiana Isabella Rossellini, que declarou que a escolha do título vencedor foi “quase unâninime”.

Desta vez, o Urso de Prata de melhor diretor foi para o alemão Ulrich Köhler, autor de Sleeping Sickness, envolvendo médicos que trabalham em projetos humanitários na África. O Grande Prêmio do Júri, que equivale a um segundo lugar, ficou com The Turin Horse, de Béla Tarr, uma fábula do cotidiano exasperante e ritualístico de um cocheiro e sua filha numa remota região, assolada por um frio inclemente. O filme de Tarr também ganhou o prêmio da Fipresci, a Confederação Internacional de Críticos.

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A estatueta de roteiro foi conquistada pelo americano Joshua Marston e pelo albanês Andamion Murataj, autores da história de The Forgiviness of Blood, dirigido por Marston (responsável por Maria Cheia de Graça, premiado aqui há sete anos), um drama sobre disputas de sangue entre família da Albânia. O Urso de Ouro de melhor contribuição artística foi dividido entre Wojciech Staron, pelo trabalho de câmera no filme argentino El Premio, de Paula Markovitch, e Barbara Enriquez, pelo desenho de produção do mesmo longa-metragem.

O júri de curtas elegeu Night Fishing, de park Chan-wook e Park Chan-kyong, como o melhor filme, concedenco ainda um Urso de Prata para Broken Night, de Yang Hyo-joo, e uma menção especial para Questions to my father, de Konrad Mühe. O melhor filme da mostra Panorama, a seção paralela mais importante da Berlinale, onde foi exibido o brasileiro Tropa de Elite 2, de José Padilha, decidido pelo voto popular, foi a coprodução Espanha-México También la Lluvia, de Icíar Bollaín.

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