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Exposição em São Paulo celebra vida e obra de Hilda Hist

Ocupação Hilda Hilst, no Itaú Cultural, tem cenografia baseada na Casa Sol, em Campinas, onde a escritora viveu nos seus últimos 38 anos

Por Da Redação
1 mar 2015, 14h37
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  • A Ocupação Hilda Hilst apresenta a trajetória de vida e artística da escritora, poeta e dramaturga paulista em uma exposição aberta neste sábado no Itaú Cultural, na Avenida Paulista, em São Paulo. São manuscritos, anotações cotidianas, fotos e vídeos com registros da artista declamando as próprias obras. A cenografia é baseada na Casa Sol, em Campinas, onde Hilda viveu por 38 anos, até morrer em 2004.

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    No espaço predominam matérias cruas, linho, couro, minerais e a madeira que monta o assoalho. As cores são ocre e rosadas, sob iluminação baixa. Também há a reprodução da figueira, árvore símbolo da casa, que era tanto um retiro quanto local para receber amigos e artistas.

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    Estudioso da obra da artista e doutorando em literatura na USP, Ronnie Cardoso diz que em seus personagens, imersos em tramas heterodoxas e muitas vezes luxuriantes, inclusive com histórias de pedofilia e incesto, Hilda explorava o âmago das dúvidas e dores existenciais comuns a toda humanidade. “De certo modo, compartilhamos com ela das mesmas dúvidas em relação à finitude da vida. Levantamos questões similares diante de um Deus, como pensa Hilda, cego, surdo, mudo e ausente”, disse. A autora recusava a metafísica para explicar o mundo. Para ela, sexo e prazer fazem parte de vidas, no fundo, sem sentido.

    Cardoso também enfatiza o diálogo de Hilda com outras expressões artísticas, como a música e as artes plásticas. “Não é por outra razão que seus versos tenham inspirado uma série de compositores – tanto eruditos, como Gilberto Mendes e José Antônio de Almeida Prado, quanto populares, como Adoniran Barbosa e Zeca Baleiro”.

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    Em texto elaborado para a mostra, Luisa Destri, doutoranda em literatura da Universidade de São Paulo (USP), comenta a relação de Hilda, por muito tempo desconhecida do grande público e ignorada pela crítica, com a divulgação e recepcção de seu trabalho: “Observa-se o progressivo desenvolvimento de uma estratégia: as aparições públicas da autora, cuja figura se aproxima constantemente de suas personagens, aos poucos tornam-se parte integrante de seu projeto literário”. Ocupação Hilda Hist fica em cartaz até 21 de abril, aniversário de morte da artista.

    (Com Agência Brasil)

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