Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Espetáculos latinos retratam passado de repressão

Por AE São Paulo – Um teatro calcado em reminiscências. Impressões pessoais. Episódios autobiográficos que se amarram no palco. Tudo isso para dar conta de um passado que em muito transcende a dimensão individual: a intenção é falar de ditadura militar, repressão e dos seus impactos na vida de uma nação inteira. “Mi Vida Después” […]

Por Da Redação
18 jul 2012, 10h10
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Por AE

    Publicidade

    São Paulo – Um teatro calcado em reminiscências. Impressões pessoais. Episódios autobiográficos que se amarram no palco. Tudo isso para dar conta de um passado que em muito transcende a dimensão individual: a intenção é falar de ditadura militar, repressão e dos seus impactos na vida de uma nação inteira.

    Publicidade

    “Mi Vida Después” – espetáculo que é um dos destaques do Cena Contemporânea, festival de teatro de Brasília que se estende até o dia 29 – revive o período ditatorial na Argentina a partir das memórias de seis atores nascidos entre os anos 1970 e 80. Abandona a ideia de denúncia ou homenagem, tão em voga quando o assunto são os traumáticos governos autoritários da América Latina. Antes, prefere vasculhar a intimidade para chegar à política. “Me interessa o cruzamento das histórias pessoais e da história de um país. Creio que a dimensão biográfica, íntima de uma obra é o mais poderoso”, disse à reportagem a diretora Lola Arias. “Não é uma obra que fala de ditadura de uma maneira geral, mas de como a vida de determinadas pessoas, que nasceram nessa época, foi afetada por esse fato.”

    Um dos nomes mais festejados da fervilhante cena portenha, Lola Arias borra as fronteiras entre realidade e ficção. Mas não é a única a valer-se da prerrogativa para examinar a história recente de seu país. No mesmo festival de Brasília, procedimentos semelhantes atravessam outras criações latinas. Ainda que, curiosamente, não despontem com o mesmo ímpeto nas produções brasileiras.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Tanto na peça mexicana “El Rumor del Incendio”, quanto em “Villa + Discurso”, vinda do Chile, jovens artistas, que não viveram sob a égide ditatorial, examinam as motivações e os impasses vivenciados por seus pais. “Como filhas da ditadura, essas personagens não viveram a experiência da geração anterior. Portanto, são capazes de questionar tudo isso do ponto de vista da memória”, considera o encenador e dramaturgo chileno Guillermo Calderón.

    Em “Villa + Discurso”, Calderón combina duas peças na mesma obra. A primeira delas focaliza o encontro de três mulheres, filhas de vítimas do governo Augusto Pinochet. Caberá a elas decidir que destino dar ao espaço da Villa Grimaldi – principal centro de tortura do regime. Na segunda metade da criação, o que se observa é um fictício pronunciamento de despedida de Michelle Bachelet. Última dirigente do Chile, Bachelet foi vítima da ditadura. Ao assumir o poder, teve a chance de rever crimes e fatos não revelados da época. Estranhamente, contudo, preferiu silenciar a reviver o assunto. “Teatro também se faz no calor do momento. Não busco objetividade. Não preciso ter distanciamento histórico”, observa o autor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.