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Especialistas revelam suposto quadro de Picasso que teria passado 60 anos na casa de um vendedor de sucatas

Obra foi encontrada na década de 1960 por um vendedor de sucata, e seguiu pendurada na parede da família por décadas antes de ser analisada

Por Amanda Capuano 1 out 2024, 15h03
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  • Pablo Picasso
    Pablo Picasso - (./Getty Images)

    Uma pintura encontrada por um vendedor de sucata enquanto ele limpava o porão de uma casa em Capri, na Itália, é uma obra original de Pablo Picasso (1881 – 1973), de acordo com especialistas de arte italianos. “Depois que todos os outros exames foram feitos na pintura, me deram a tarefa de estudar a assinatura. Trabalhei nela por meses, comparando-a com algumas de suas obras originais. Não há dúvida de que a assinatura é dele. Não há nenhuma evidência sugerindo que ela seja falsa”, atestou Cinzia Altieri, membro do comitê científico da Arcadia Foundation, responsável pela análise da obra, ao jornal The Guardian

    A história da pintura 

    Em 1962, o vendedor de sucata Luigi Lo Rosso, hoje já falecido, se deparou com uma pintura peculiar enquanto limpava o porão de uma casa em Capri. Ele levou a obra para casa, em Pompeia, onde ela ficou pendurada em uma moldura barata na parede da sala por décadas, e era constantemente chamada de “horrível” por sua esposa. 

    O retrato, agora apontado como um suposto retrato de Dora Maar (1907-1997), uma das musas mais icônicas de Picasso, apresenta a assinatura do cubista no canto superior esquerdo, mas ela não foi identificada por Lo Rosso. As suspeitas de que a obra seria de Picasso surgiu apenas anos depois, quando o filho do casal, Andrea, questionou o quadro depois de estudar uma enciclopédia de história da arte que ganhou de presente de uma tia. “Meu pai era de Capri e colecionava lixo para vender por quase nada. Ele encontrou a pintura antes mesmo de eu nascer e não tinha a mínima ideia de quem era Picasso”, explicou Andrea à publicação.

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    Suposta obra de Picasso descoberta por vendedor de sucata passou décadas na parede da casa de uma família em Capri (The Guardian/Reprodução)

    Enquanto lia sobre as obras de Picasso, no entanto, Andrea passou a comparar a assinatura do cubista aquela encontrada no quadro pendurado em sua parede. “Eu ficava dizendo ao meu pai que era parecida, mas ele não entendia. Mas conforme eu crescia, eu me questionava sobre isso”, contou o filho do vendedor de sucata, que diz ter contatado a Fundação Picasso algumas vezes, mas que a organização não demonstrou interesse nas alegações, já que há muitos alarmes falsos sobre obras atribuídas ao artista.

    Atualmente guardada em um cofre em Milão, a obra está avaliada em 6 milhões de euros (36,25 milhões de reais), e ainda precisa ser certificada pela Fundação Picasso, que tem a palavra final sobre autenticações ligadas ao artista. Luca Marcante, presidente da Fundação Arcadia, que analisou a peça, acredita que a pintura possa ser uma versão alternativa do quadro O Buste de Femme (Dora Maar), que foi pintado em 1938. “Provavelmente são dois retratos, não exatamente iguais, do mesmo sujeito, pintados por Picasso em dois momentos diferentes. Uma coisa é certa: o encontrado em Capri e agora guardado em um cofre em Milão é autêntico”, disse ele ao jornal Il Giorno, confirmando que vai apresentar as evidências para a Fundação Picasso. 

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