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Emanuelle Araújo: “Neste ano, meu Carnaval será nos palcos do teatro”

Estrela do musical 'Chicago', a cantora e atriz baiana de 45 anos diz que o adiamento da festa é preciso e defende leis de incentivo à cultura

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 fev 2022, 08h00

Para uma artista que despontou nos anos 1990 como vocalista do grupo de axé Banda Eva, qual o sentimento ao ver mais um ano sem Carnaval no Brasil? Meu coração é carnavalesco. Agora, porém, acho que os adiamentos são necessários. A pandemia ainda não acabou. É importante a gente segurar esse vírus. Se tomarmos atitudes sérias neste ano e o maior número possível de pessoas se vacinar, especialmente as crianças, poderemos voltar às ruas no ano que vem. Neste ano, meu Carnaval será nos palcos do teatro, com Chicago.

Chicago iria estrear em 2020, foi adiado pela pandemia, e, agora, com o início da temporada em São Paulo, marca o retorno de grandes musicais aos palcos brasileiros. Como foi esse processo? Fui convidada em 2019 para interpretar a Velma Kelly (uma assassina na prisão, vivida por Catherine Zeta-Jones no filme de 2002). Eu já havia assistido à peça na Broadway e fiquei encantada. Para além de ser um musical clássico, é uma bela peça teatral. Chicago é minimalista, sem trocas de figurino ou de cenários. Os atores e os músicos se destacam — a orquestra fica em cima do palco. Aqui, não dá para se esconder atrás da pirotecnia, o ator deve ser bom de verdade. Me senti desafiada.

São seis sessões semanais, com sua presença em todas. Como mantém o fôlego para cantar, atuar e dançar? O cansaço não me assusta. Ele não pode atrapalhar. Venho me preparando há um ano, com treinos, corrida e natação, além de aulas de balé e de canto. Sou uma cantora popular, então o tipo de canto exigido no teatro fica em outro registro vocal. Esse preparo me ajudou a aguentar o tranco dos dois meses de ensaios, no qual trabalhávamos oito horas por dia.

Mais puxado que o trio elétrico? São diferentes. No trio, eu sou eu, a Emanuelle, fico oito horas cantando do meu jeito, interagindo com o povo. No teatro, sou a Velma Kelly. Além da preparação física, ela exige uma concentração enorme para me manter na personagem.

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Os musicais brasileiros só são possíveis graças aos recursos de incentivo. Qual sua opinião sobre os ataques que a Lei Rouanet vem sofrendo? Essa lei é necessária para fomentar a arte no país. Não só em grandes musicais. Quem mais depende de incentivo são pequenos artistas, ao contrário do que se dissemina em notícias falsas. A pandemia evidenciou quanto a arte e o entretenimento são necessários. E também quanto somos desvalorizados. A gente rala muito, o trabalho do artista é árduo, e ele merece ser respeitado.

Publicado em VEJA de 2 de março de 2022, edição nº 2778

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