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Em ‘Rio’, mago da animação Carlos Saldanha consegue reproduzir até o carnaval carioca

Animação conta a aventura da arara Blu na cidade, retratada como paraíso tropical maculada por algumas mazelas sociais

Por Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
22 mar 2011, 11h43

O ponto alto acontece na Marquês de Sapucaí, em pleno Carnaval. O ‘maior espetáculo da Terra’ é retratado à altura, com carros alegóricos e fantasias de dar inveja aos carnavalescos

Um filhote de arara-azul abre os olhos e se descobre num paraíso. Um lugar de natureza exuberante, em eterna festa, onde os pássaros, além de cantar, dançam – ou, melhor, sambam. Assim começa a animação Rio, produção norte-americana assinada pelo diretor carioca Carlos Saldanha. A técnica primorosa, a reconstrução de um Rio de Janeiro virtual são, de cara, motivo da grande expectativa em torno do filme. Mas a capacidade de criar, mesmo em um filme de animação, tensões como humor, drama, suspense e romance são, no fundo, o grande mérito da equipe de ‘Rio’.

A ação de contrabandistas de aves exóticas, que raptam a arara Blu em seu habitat natural, é responsável por resgatar o espectador do deslumbramento puro e simples e jogá-lo numa trama envolvente. O truque se repete ao longo do filme. Capturado e levado para ser vendido ilegalmente nos Estados Unidos, Blu acaba nas mãos de uma menina que o adota como um membro da família. Os dois crescem juntos na pequena cidade de Moose Lake, no interior do estado de Minnesota, e constroem uma bela amizade.

ASSISTA A UMA DAS CENAS DE CARNAVAL DE ‘RIO’:

Em seu novo lar, Blu também desfruta daquilo que aprendeu a encarar como um paraíso. Domesticado e sob os cuidados de uma dona afetuosa, ele leva uma vida de rei nos Estados Unidos, com conforto e segurança – algo que nem a natureza o daria. Em uma viagem ao Rio para conhecer a última fêmea de sua espécie, Blu descobre que vale apena o risco de viver fortes emoções no habitat natural.

Na companhia da fêmea Jade, Blu novamente cai nas garras de uma quadrilha de traficantes silvestres. Acorrentados pelas patas, os dois são obrigados a permanecerem juntos numa fuga que tem como cenário a paisagem da Cidade Maravilhosa, explorada com riqueza de detalhes e, como manda o figurino das produções de hoje em dia, também em 3D. A trilha sonora, que ficou a cargo de nomes como Carlinhos Brown, Sérgio Mendes e Will.i.am, do Black Eyed Peas, completa o clima perfeito para o espectador mergulhar na fantasia carioca.

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AS CENAS INICIAIS DE ‘RIO’:

‘Rio’ é, acima de tudo, um espetáculo visual. Cartões postais como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, a Vista Chinesa, os arcos da Lapa, o bondinho de Santa Teresa e, claro, as praias da Zona Sul estão lá, transformando o filme num grande passeio turístico pela cidade – e, não por acaso, a produção norte-americana é quase tratada como “produto nacional” pelas autoridades locais.

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O ponto alto acontece na Marquês de Sapucaí, em pleno Carnaval. O ‘maior espetáculo da Terra’ é retratado à altura, com detalhes impressionantes. Com belos e criativos carros alegóricos e fantasias, o desfile fictício criado por Carlos Saldanha é de dar inveja aos carnavalescos.

O TRAILER DUBLADO DE ‘RIO’:

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O longa de Saldanha destaca os aspectos positivos do Rio, mas tenta, com sutileza, entrar nos problemas sociais da cidade. As favelas são retratadas com todo o seu charme, mas o menino de rua aliciado pela bandidagem também está lá. Por ironia – ou coincidência – os criminosos estão numa espécie de favela semi-pacificada. O passeio de moto pelas vielas do morro não revela homens armados com fuzis, como ainda acontece na Rocinha, por exemplo. Mas há o traficante, com a diferença que, em vez de drogas, os produtos são animais silvestres.

Rio chega aos cinemas no dia 8 de abril, como um dos maiores lançamentos do cinema mundial em 2011 – em grande parte, mérito da assinatura de Saldanha, que tem no currículo a trilogia ‘Era do Gelo’, um dos fenômenos de bilheteria da última década.

Leia também:

Reportagem de VEJA sobre a trajetória de Carlos Saldanha

Cenas de ‘Rio’ colorem a fachada do Copacabana Palace

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