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Em razão da Covid-19, Bienal de Arquitetura de Veneza é adiada para 2021

Evento estava previsto para agosto, mas foi realocado para o ano que vem para que haja tempo viável de colocar a exposição de pé

Por Amanda Capuano Atualizado em 19 Maio 2020, 17h03 - Publicado em 19 Maio 2020, 16h48

Mesmo com o afrouxamento da quarentena na Itália e a retomada gradual das atividades no país, a Bienal de Veneza anunciou nesta segunda-feira, 18, que a 17ª edição de sua famosa Mostra Internacional de Arquitetura não ocorrerá este ano. O evento, inicialmente adiado para agosto por causa do coronavírus, foi novamente reagendado, e só ocupará a cidade a partir de 22 de maio de 2021. Com a mudança, a Bienal de Artes, que tomava os anos ímpares, também teve de ser realocada, e acontecerá somente em 2022.

Desde 1980, a Bienal de Arquitetura de Veneza acontece, impreterivelmente, a cada 2 anos – sempre nos anos pares.  A prorrogação aconteceu depois que uma série de participantes solicitou a mudança de data aos organizadores da mostra. A alegação dos artistas é que, com os estúdios fechados durante a quarentena, não haveria tempo hábil para finalizar os trabalhos de maneira adequada até agosto. “Decidimos ouvir aqueles, que são a maioria, que pediram o adiamento da Bienal de Arquitetura.”, declarou o presidente da instituição, Roberto Cicutto. “A decisão de adiar a Bienal foi tomada ao se reconhecer a impossibilidade de cumprir, dentro dos limites de tempo estabelecidos, a criação de uma exposição tão complexa e mundial, por causa da persistência de uma série de dificuldades objetivas causadas pela atual emergência na saúde”, explica a nota oficial.

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A 17ª edição do evento tem a curadoria do arquiteto libanês Hashim Sarkis e, ironicamente, foi nomeada “How will we live together?” – como viveremos juntos?, em tradução literal. Em um mundo em que o distanciamento social é indispensável, a questão é uma reflexão mais que atual e necessária. “Não foi assim que nós planejamos que acontecesse. Nem a pergunta ‘como viveremos juntos?’, nem a riqueza de respostas a ela destinavam-se a lidar com a crise que estamos vivendo. Mas aqui estamos.”, ponderou o curador.

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Curador Hashim Sarkis na apresentação da 17ª edição da Bienal de Arquitetura de Veneza (Stefano Mazzola/Getty Images)

Além do tempo reduzido para a finalização das obras, há de se levar em conta que a Bienal de Arquitetura de Veneza é um evento global e, portanto, com a pandemia ainda em ascensão em boa parte do mundo, poderia ter a adesão prejudicada pelas limitações de vôos e viagens internacionais – não só do público, mas também dos expositores. “A situação atual, até agora, prejudicou a realização da exposição em sua totalidade, pondo em risco sua realização, o transporte e a presença de obras e a qualidade da própria exposição.” Um alerta para outros grandes eventos ainda agendados para este ano, como a Bienal de São Paulo, marcada para outubro.

A expectativa agora é que, em 2021, a mostra reflita os questionamentos e incertezas que permeiam a mente de boa parte da população mundial, que se pergunta como será possível voltar à normalidade. “Somos, de certa forma, sortudos por poder absorver as implicações imediatas e de longo prazo da crise na Bienal de 2021. O tema nos dá a possibilidade de responder à pandemia em seu imediatismo”, analisa o curador. Em tempo, em meio a uma esperança crescente na Itália, a realocação da Bienal de Arquitetura para os anos ímpares, a partir de 2021, com um tema quase premonitório, é uma expressão simbólica do “novo normal”.

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