Documentário sobre Sebastião Salgado leva o César 2015
'O Sal da Terra' já havia ganhado um prêmio no último Festival de Cannes e foi indicado na 87ª edição do Oscar, que acontece neste domingo
O filme O Sal da Terra, sobre o trabalho do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado, recebeu o prêmio de melhor documentário nesta sexta-feira na 40ª edição do César, considerado o Oscar do cinema francês. O filme já havia ganhado o prêmio especial do júri da seção Un Certain Regar, no último Festival de Cannes, e foi indicado na categoria melhor documentário na 87ª edição do Oscar, que acontece neste domingo. O filme foi dirigido em parceria pelo alemão Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado, filho do fotógrafo.
O documentário tem como base as imagens captadas pela câmera de Sebastião Salgado por mais de quatro décadas de viagens por todo o mundo, nas quais o brasileiro se aproximou de regiões virgens e isoladas de qualquer contato humano. Wim Wenders conta que conheceu a arte de Salgado em uma galeria na Europa, onde comprou duas obras: de Serra Pelada e de uma mulher cega do povo nômade tuareg.
O filme reúne algumas das fotografias mais conhecidas de Salgado, como as que documentam as condições infernais de trabalho nas minas da Indonésia ou o drama da pesca tradicional na Sicília em sua série Trabalhadores (1993), ou sua visão do drama dos refugiados em Êxodos (2000).
Outros vencedores – Kristen Stewart, que se projetou interpretando a insossa Bella Swan na franquia adolescente Crepúsculo, tornou-se a primeira atriz americana a conquistar um César, por seu papel de coadjuvante em Acima das Nuvens, de Olivier Assayas. No filme, Kristen é Valentine, jovem assistente da atriz Maria Anders, protagonizada pela francesa Juliette Binoche.
O prêmio de melhor filme ficou com a coprodução da França com a Mauritânia Timbuktu, de Abderrahmane Sissako, que também levou a estatueta de melhor diretor. Adèle Haenel ficou com o prêmio de melhor atriz por Amor à Primeira Briga e Pierre Niney foi escolhido melhor ator por seu papel em Yves Saint Laurent. Já o prêmio de melhor ator coadjuvante ficou com o francês Reda Kateb, por Hippocrate.
(Com agências EFE e France-Presse)