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Datas: Jean-Louis Trintignant, Ilka Soares e Clela Rorex

O ator francês, a socialite e a militante feminista

Por Da Redação Atualizado em 28 jun 2022, 20h44 - Publicado em 24 jun 2022, 06h00
CHARME - Jean-Louis Trintignant: grande nome do auge do cinema francês -
CHARME - Jean-Louis Trintignant: grande nome do auge do cinema francês – (./AFP)

O ator francês Jean-Louis Trintignant nasceu talhado para o cinema europeu, uma central de criação de personagens inspirados no homem comum que, aos poucos, se revela para o público. Nome de destaque da era de ouro da Nouvelle Vague, ele estrelou as produções de alguns dos mais importantes diretores do movimento, como Claude Lelouch e Éric Rohmer, além de estrangeiros consagrados como o italiano Bernardo Bertolucci e o grego Costa-Gravas. O papel de um idoso que tem de cuidar da esposa com Alzheimer, em Amor (2012), lhe rendeu o prêmio César, o Oscar francês. Dono de um charme discreto que o fez protagonizar diversos enredos românticos, o ator estreou nas telas ao lado de Brigitte Bardot em E Deus Criou a Mulher (1956). A despedida teve gosto de homenagem: em Os Melhores Anos de Uma Vida (2019) ele revive o mesmo casal que protagonizou em Um Homem, Uma Mulher (1966), ao lado da atriz Anouk Aimée. Trintignant morreu no dia 17, aos 91 anos, após ser diagnosticado com câncer de próstata.

Elegância em pessoa

CLASSE - Ilka Soares: especialista em papéis de mulher chique e sofisticada -
CLASSE – Ilka Soares: especialista em papéis de mulher chique e sofisticada – (@thomazazulay/Instagram)

Dona de uma beleza ímpar e de um ar jovial, que cultivou até seus últimos dias, Ilka Soares ingressou na TV brasileira exibindo uma imagem de elegância e sofisticação que a acompanhou por toda a carreira. Começou substituindo Norma Bengell no programa Noite de Gala, da TV Globo, em 1966, e emprestou a voz ao Jornal de Verdade, ao lado de Otto Lara Resende e João Saldanha. A estreia na teledramaturgia ocorreu em 1971, quando viveu uma sofisticada editora na novela O Cafona. Socialite dentro e fora das telas, em 1958 Ilka circulou pelas altas-rodas do Rio de Janeiro ao lado do ator Rock Hudson, estrela de Hollywood que precisava disfarçar ser homossexual. “Ele estava no auge, me interessava”, disse sobre o episódio. A atriz lutava contra um câncer e morreu no dia 18, aos 89 anos.

Pioneira na causa gay

VANGUARDA - Clela: sua assinatura deu aval à primeira certidão de união gay -
VANGUARDA - Clela: sua assinatura deu aval à primeira certidão de união gay – (Brennan Linsley/AP/Image Plus)

Uma brecha na legislação levou Clela Rorex, tabeliã do estado do Colorado, nos Estados Unidos, a emitir a primeira certidão de união civil entre homossexuais, em 1975. Sob o argumento de que o ato não era explicitamente proibido, ela assinou o documento que conferia a um casal formado por dois homens os mesmos direitos dos heterossexuais. Em pouco tempo, os pedidos se multiplicaram, mas a prática foi suspensa pela Secretaria de Justiça estadual, que a afastou do cargo. Militante feminista, Clela virou alvo dos movimentos conservadores e nunca retomou a função para a qual havia sido eleita, mas entrou para o rol dos militantes pelos direitos civis. O casamento gay só foi oficializado no país em 2015, após decisão da Suprema Corte. Morreu no dia 19, por complicações de uma infecção.

Publicado em VEJA de 29 de junho de 2022, edição nº 2795

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