Cora, a virgem de 50 anos, não desencalha nem com diamante
Cora, essa mistura maluca de Perpétua (Tieta) com Rapunzel, vai entrar para a história como uma das maiores encalhadas da teledramaturgia nacional. A personagem de Drica Moraes, que deve ter por volta de 50 anos em Império, ainda não conheceu aquilo que na Escolinha do Professor Raimundo era chamado de… “aquilo” mesmo. E, dadas as […]
Por Da Redação
12 nov 2014, 10h14
Cora, essa mistura maluca de Perpétua (Tieta) com Rapunzel, vai entrar para a história como uma das maiores encalhadas da teledramaturgia nacional. A personagem de Drica Moraes, que deve ter por volta de 50 anos em Império, ainda não conheceu aquilo que na Escolinha do Professor Raimundo era chamado de… “aquilo” mesmo. E, dadas as investidas de Jairo (Júlio Machado), o filho bandido de Jurema (Elizângela) que se encantou pela solteirona, já se pode dizer que não é por falta de oportunidade. Cora — e é aí que entra a sua faceta �Rapunzel — espera desde a primeira fase por seu príncipe, aqui convertido em Comendador Encantado. Mas o herói vai deixá-la na mão.
Em cena que deve ir ao ar a partir da última semana de novembro, a casta vilã do clã Medeiros vai tentar comprar uma noite de amor com José Alfredo (Alexandre Nero). E sua oferta é a mais tentadora: o enorme diamante rosa que Maria Marta (Lilia Cabral) roubou do Monte Roraima e que o Comendador considera o seu amuleto. Nesta semana, a pedra vai ser tirada do esconderijo na casa de Silviano (Othon Bastos) por Lorraine (Dani Barros), para a partir daí se quebrar em quatro e circular por diversas mãos, até se juntar entre os dedos de Cora. De posse das quatro partes do diamante, ela fará a proposta indecente a Zé Alfredo: sua pedra pela minha invencibilidade.
“Quando isso acontecer na novela, já se saberá da própria o que ficou evidente desde o começo da novela: Cora sempre foi apaixonada por Zé Alfredo e nunca perdoou a irmã por ter chegado nele primeiro”, diz Aguinaldo Silva, o quereeedo (como escreveria Téo Pereira) autor de Império. “José Alfredo aceita a proposta de Cora, prepara tudo para a tal noite de amor, mas, na hora H, consegue enganar a vilã, que fica sem os quatro pedaços do diamante e sem a tal noite de amor prometida.” Segundo Aguinaldo, o drible do Comendador, cujos detalhes ele não revela, só vai deixar Cora “ainda mais enlouquecida”.
Em tempo: a vilã também tem um quê de Nazaré Tedesco, de Senhora do Destino: embora fique só na promessa, ao menos por enquanto, ela usa o sexo para atrair e manipular Jairo, seu platônico amor bandido. Ele deve atender a vários pedidos da solteirona, como roubar o próprio pai, que terá em suas mãos uma das partes do diamante rosa. Nazaré, por sua vez, arregimentava capangas com sua chave-de-coxa.
A personagem de Rosane Gofman em Tieta era tão pura e pudica que, só de farejar sexo, tinha tremeliques. Era acompanhada, na castidade, por Amorzinho, personagem de Lilia Cabral tão preservada — e fogosa — quanto ela. Tieta, aliás, teve o criador de Império entre os seus autores: Aguinaldo Silva assinou a adaptação da obra de Jorge Amado junto com Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares, que hoje faz novelas com Gilberto Braga.
A perda da virgindade de Márcia (Malu Mader) foi o ponto de partida para a grande trama de O Dono do Mundo, novela de 1991 de Gilberto Braga atualmente reprisada pelo canal pago Viva. A professorinha foi enganada pelo poderoso médico Felipe Barreto (Antônio Fagundes), um mulherengo que, apesar de casado com a ricaça Stela (Gloria Pires), adorava colecionar conquistas amorosas e não perdoou nem a noivinha virgem de um de seus funcionários, Walter (Tadeu Aguiar). Ao se descobrir enganada, Márcia arma um plano de vingança.
Foi ao som daquela música chata dos Tribalistas que Edwiges — nome infame para uma casta — se apaixonou por Cláudio (Erik Marmo), o príncipe encantado com quem a donzela, quase sempre vestida de camponesa, teve a sua primeira vez. “Você é assim / Um sonho pra mim”, dizia a melosa música-tema do casal.
Prova de que a virgindade ainda é um tema atual é que ela foi o mote principal da novela venezuelana Joana, a Virgem, exibida no Brasil pela Record, entre 2002 e 2003, quando a emissora tentava fazer frente à boa audiência da colombiana Betty, a Feia na RedeTV! Numa trama rocambolesca, Joana é inseminada artificial e acidentalmente durante uma visita ao ginecologista e passa a carregar na barriga o herdeiro de um magnata das comunicações e a ser apontada, por fanásticos religiosos, como a reencarnação da Virgem Maria.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.