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Clube de livros TAG cresce em meio à pandemia — e puxa concorrentes

Com o confinamento, empresas que enviam livros para a casa do leitor apostam em ações on-line e curadoria para conquistar assinantes

Por Amanda Capuano Atualizado em 29 jan 2021, 19h47 - Publicado em 25 jan 2021, 15h00

Quando a pandemia chegou ao Brasil, em março do ano passado, as livrarias foram obrigadas a fechar as portas, em mais um capítulo da crise editorial brasileira. Nesse cenário, os clubes de livros emergiram como uma alternativa cômoda e segura para alimentar o hábito de leitura durante o confinamento. Quase um ano depois, os resultados podem ser vistos em números: segundo dados revelados com exclusividade a VEJA, o clube de livros TAG, pioneiro no ramo, aumentou em 23% sua base de usuários, finalizando 2020 com 60.000 assinantes e um faturamento de 41 milhões de reais.

Segundo Arthur Dambros, vice-presidente da marca, o crescimento em um ano tão caótico só foi possível graças ao aumento das vendas digitais, que ele descreve como um avanço de “cinco anos em um”, e ao próprio modelo de negócios da empresa, que “amorteceu”, de certa forma, os impactos da pandemia. “Era impossível imaginar o que aconteceria, mas nosso modelo de negócio já era mais voltado para o meio digital, estratégia que, somada a indicações de leituras adequadas a um momento de isolamento, nos ajudou a crescer durante a crise”, explica ele.

Criada em 2014, a empresa surgiu com uma proposta inovadora, mas de premissa simples: os usuários desembolsam um valor mensal e recebem, no conforto do lar, um livro selecionado por curadores. A obra, usualmente, é entregue em uma caixinha acompanhada de brindes, que variam de chaveiros a um título adicional, a depender do clube e do pacote escolhido. No caso da TAG, os valores variam de 46,90 a 65,90 reais mensais, de acordo com o plano e a forma de pagamento escolhida.

Arthur Dambros, vice-presidente da TAG
Arthur Dambros, vice-presidente da TAG (TAG/Divulgação)

Nos últimos anos, a ideia tem ganhado cada vez mais adeptos e virou aposta até mesmo de editoras. A exemplo disso, o Intrínsecos – clube exclusivo da editora Intrínseca –  registrou um aumento de 124% em sua base de assinantes ao longo de 2020. As livrarias também apostam na tendência, como por exemplo a Leitura, que lançou em 2020 o Clube Leitura Mini, um plano simplificado que sai por modestos 19,90 reais mensais, o mais barato do setor. A opção econômica surgiu depois que o clube registrou um aumento de 50% nos cancelamentos de março e abril em relação a fevereiro, período anterior à implantação da quarentena. 

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Maior clube literário do país, a TAG também não escapou dos cancelamentos no início da pandemia. Em entrevista anterior a VEJA, a empresa relatou que, no primeiro semestre de 2020, embora as assinaturas tenham aumentado, houve também um movimento contrário de cancelamentos por motivos financeiros. A situação, porém, se equilibrou. “Nós temos cada vez mais associados no plano anual e a taxa de cancelamentos de assinaturas é cada vez menor, o que indica que as pessoas não só estão chegando como também estão ficando no clube”, explica Dambros, que acredita que a tendência das vendas digitais é “um processo sem volta”.

Já sobre os novos clubes de livros que pipocam cada vez mais rápido no horizonte, o empresário considera a variedade literária positiva, mas é reticente quanto ao número de empresas que o mercado é capaz de comportar. “Alguma diversidade eu acho benéfica, mas não vejo esse mercado com vários clubes porque o consumidor acabará optando por um ou dois no final”, analisa.

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