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Cidade do México resgata tradição muralista com festival de arte urbana

Asela Viar. Cidade do México, 10 mai (EFE).- Alguns dos edifícios mais emblemáticos da capital do México servem de base para alguns chamativos e originais grafites de artistas locais, americanos e europeus. Em pleno centro histórico, as paredes do prédio do jornal ‘El Universal’, um dos mais antigos da cidade, podem exemplificar essa tradição com […]

Por Da Redação
10 Maio 2012, 10h05
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  • Asela Viar.

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    Cidade do México, 10 mai (EFE).- Alguns dos edifícios mais emblemáticos da capital do México servem de base para alguns chamativos e originais grafites de artistas locais, americanos e europeus.

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    Em pleno centro histórico, as paredes do prédio do jornal ‘El Universal’, um dos mais antigos da cidade, podem exemplificar essa tradição com uma fantástica obra do duo alemão Herakut e do ucraniano Interesni Kazni, que pintam suas obras a vários metros do chão.

    Com máscaras nos rostos e spray nas mãos, os artistas sobem em guindastes para articularem suas pinturas. Desde a última segunda-feira, quando começou o festival de arte urbana All City Canvas, os artistas não param de realizar suas pinturas nem para descansar, já que a ideia é estar com tudo pronto até o final do evento, que acaba na próxima sexta.

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    Procedentes das cidades alemãs de Frankfurt e Erfurt, os artistas Hera e Akut tratam de modelar estados mentais, intuições e formas de ver sua geração; enquanto os ucranianos AEC e Waone, influenciados pela ciência e a religião, exploram a fantasia dessa temática com cores brilhantes e uma ampla escala de cores cromática.

    Em entrevista à Agência Efe, Roberto Shimizu, arquiteto e co-fundador do festival, afirmou que a arte urbana acabou se tornando algo maior que o grafite e se transformou em um dos movimentos mais importantes deste século.

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    ‘Achamos que obviamente o grafite é parte da técnica, do movimento, mas estamos falando de uma nova vertente, um novo muralismo, uma evolução da arte pública’, declarou.

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    De acordo com o arquiteto, que como o resto dos organizadores não passa dos 30 anos, o festival possui o objetivo de evidenciar a riqueza cultural que o México possui, assim como sua bagagem histórica dentro do mundo da arte, dos aspectos folclóricos e de suas tradições.

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    O objetivo, assegurou Shimizu, é mostrar ao mundo que o México ‘pode fazer festivais de qualidade’ e ‘coisas incríveis’.

    A poucos metros do Monumento à Revolução, o artista mexicano Saner e o americano El Mac pintam um fantástico mural nas paredes do Hotel Reforma Avenue, um edifício com mais de 30 anos e que foi um dos mais luxuosos da cidade. O edifício, inclusive, é um dos ‘sobreviventes’ do devastador terremoto que sacudiu a capital mexicana em 1985.

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    ‘Este festival pretende transmitir que a arte pode transformar cidades e que esta é uma cidade para se caminhar e interagir’, explicou à Agência Efe Andrea Ruiz Sánchez, coordenadora do evento.

    O percurso, que permanecerá aberto nos próximos seis meses, continua em frente ao majestoso Palácio de Belas Artes, onde o português Vhils trabalha no chamado Edifício Dolores – situado na entrada do bairro chinês, fundado nos anos 20 do século passado.

    Vhils é conhecido por ser um dos artistas que mais explora a inovação de novas técnicas, como o uso de cinzéis e brocas para esculpir suas peças na parede.

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    ‘Queríamos mostrar aos artistas mexicanos o que está rolando em outros países, mas também representar aos artistas daqui’ e mostrar ao mundo seu ‘talento’, completou Andrea.

    O Edifício Chihuahua, em Tlatelolco; o Hotel W México City, em Polanco; o Hotel Praça Madri, muito próximo à Zona Rosa, e o Edifício Paraguai, situado no coração do bairro popular da Lagunilla, completam o percurso andarilho do festival, que também conta com os trabalhos dos artistas espanhóis Aryz e Escif.

    ‘O muralismo no México é importantíssimo, mas buscávamos fazer um novo muralismo, organizado e selecionado por nós, jovens mexicanos. A ideia é voltar a pôr o México como centro de arte, já que somos a cidade com mais museus do mundo. Agora, estamos tirando a arte dos museus e levando elas para as ruas’, ressaltou Ruiz.

    Além de ilustrar simbólicos edifícios da cidade, o festival também contará com conferências e exposições ao longo do todo o mês de maio, tudo isso canalizado através das três vertentes em que se dividem as atividades: paredes, palavras e peças.

    ‘A arte, que muitas vezes passa despercebida, também pode ser capaz de transformar e modificar a forma de pensar das pessoas’, completou a coordenadora do festival. EFE

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