A estreia mundial, nesta quarta-feira, do primeiro filme da trilogia O Hobbit criou expectativa em Wellington, capital da Nova Zelândia, escolhida pelo diretor Peter Jackson para apresentar seu novo filme. Para o evento, a capital se enfeitou e mudou temporariamente seu nome para “Terra Média”, em referência ao continente fictício relatado em seu livro pelo escritor J.R.R. Tolkien.
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As autoridades da capital estimam que cerca de cem mil pessoas foram ao Embassy Theatre nesta quarta-feira (Wellington está 15 horas adiantada em relação a Brasília) a fim de tentar ver no tapete vermelho os protagonistas da obra rodada em sua maior parte no Reino Unido.
Para a estreia de O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, foram colocadas nas ruas bandeirinhas com as imagens de Bilbo Bolseiro, Galadriel, Elrond e outros personagens. Com a intenção de satisfazer os fãs de Tolkien, também foram exibidos, novamente, os filmes da saga O Senhor dos Anéis.
Além disso, uma multidão foi ao Embassy Theatre para fotografar a escultura de Gandalf no meio do ambiente de festa vivido em Wellington e outras cidades da Nova Zelândia, segundo informou a rede estatal de televisão.
Tapete vermelho – Apesar disso, Ian McKellen, que encarna Gandalf, não caminhou pelo tapete vermelho, mas sim outros rostos conhecidos, como o de Cate Blanchett (Galadriel), Andy Serkis (Gollum), Martin Freeman (Bilbo Bolseiro), Elijah Wood (Frodo Bolseiro) e Richard Armitage (Thorin Oakenshield), entre outros.
Por ocasião da estreia do filme, o grupo de defesa dos animais PETA (Pessoas a Favor de um Tratamento Ético dos Animais) convocou um protesto para denunciar os supostos maus-tratos a quase 30 animais durante a filmagem de O Hobbit, fato que a produtora negou.
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Além disso, a estreia acontecerá uma semana depois da notícia de que os familiares de J.R.R. Tolkien moveram um processo contra a companhia cinematográfica Warner. Eles reivindicam US$ 80 milhões pela comercialização de produtos relacionados ao escritor sem dispor de uma autorização ou consentimento.
O representante da associação da Indústria Turística da Nova Zelândia, Martin Snedden, considera que a comercialização internacional do filme O Hobbit contribuirá, nos próximos meses, para aumentar a chegada de visitantes ao país.
A trilogia de O Senhor dos Anéis, que foi filmada na Nova Zelândia, injetou na economia mais de US$ 27 milhões, a maior parte em moeda estrangeira deixada pelo turismo, e espera-se que O Hobbit supere de forma significativa esse número, comentou Snedden à rede estatal de televisão.
Debate – O Hobbit também levantou um debate sobre o futuro da indústria cinematográfica neozelandesa, que se apoia em Peter Jackson, assim como sobre os subsídios, incentivos, a legislação trabalhista e o desenvolvimento de novos estúdios de filmagem em outros países.
A diretora do departamento de Cinematografia, Gisella Carr, admitiu que a concorrência em nível mundial continua crescendo, especialmente por parte de países como Irlanda do Norte e Sérvia, por causa de suas paisagens similares às da Nova Zelândia.
A primeira parte de O Hobbit, que estreará no resto do mundo em meados de dezembro, se centra na missão que o mago Gandalf e um grupo de 13 anões encarregam a Bilbo Bolseiro para recuperar o reino de Erebor, que está sob o poder do dragão Smaug.
O longa vai estrear no Brasil no dia 14 de dezembro. Os outros filmes da trilogia, O Hobbit: A Desolação de Smaug e O Hobbit: Lá e de Volta Outra Vez, estão previstos para dezembro de 2013 e julho de 2014, respectivamente.
(Com agência EFE)