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Charlene, uma promessa e um desafio para Mônaco

Com biografia correta, mas atitudes suspeitas, ex-nadadora pode polir a imagem viril de Albert II ou ampliar o catálogo de escândalos da dinastia Grimaldi

Por Rodrigo Levino
2 jul 2011, 13h49

A união do príncipe Albert II com a ex-nadadora sul-africana Charlene Wittstock parece talhada para preservar a tradição construída pela família Grimaldi como fornecedora dos assuntos de alcova mais quentes da Europa. Depois de a imprensa francesa noticiar que Charlene, de 33 anos, havia abandonado os preparativos do próprio casamento e se preparava para voltar à África do Sul, a coroa monegasca se apressou em desmentir a fuga da noiva e exibir o casal que há duas semanas não aparecia em público. A nota oficial palaciana adjetiva a imprensa local de mentirosa e a acusa de prejudicar a imagem do reino. Como se fosse preciso.

Albert, de 53 anos, tem na biografia romances com beldades como a atriz Brooke Shields e a modelo Claudia Schiffer, ambos da década de 1990. Nem por isso, contudo, se livrou das línguas ferinas que enxergavam na sua solteirice um sinal de abafada homossexualidade. “No início, eu me divertia. Mas isso se tornou irritante’, reclamou certa vez. Charlene, uma esguia nadadora olímpica, plebeia e protestante, apareceu quando a boataria estava sedimentada, mas acabou de sepultar qualquer dúvida sobre a virilidade do príncipe.

Filha de um técnico em informática e de uma nadadora, Charlene parece a plebeia bonita perfeita para adornar um conto de fadas em torno do príncipe problemático de Mônaco. Nascida em uma cidade do Zimbábue com população inferior a 1 milhão de habitantes, ela conheceu o príncipe em 2000, quando participou de uma competição em Mônaco. A partir de 2006, Charlene e Albert percorreram um itinerário de eventos públicos como a famosa corrida de Fórmula 1 do principado, a abertura das Olímpiadas de Inverno e festas de outras famílias reais europeias. A fofoca, no entanto, permanecia: e quando se casam?

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O noivado foi anunciado no dia 23 de junho de 2010. Desde então, Charlene enfrentou com estoicismo – e amor, é de se imaginar – um mar de condições para se tornar princesa. Teve aula de catecismo antes de se converter ao catolicismo (a lei do reino proíbe casamentos inter-religiosos) e aprendeu a falar o francês e a língua monegasca, uma variação do genovês misturada ao italiano e ao francês com a qual não se consegue interagir com mais de uma centena de pessoas (quase todas velhas) em todo o principado.

Tanto esforço, dizem as más línguas, foi apenas um aperitivo. Descobertas nada abonadoras sobre a vida privada do príncipe teriam motivado fortes discussões entre o casal e a desmentida – não pela própria protagonista – tentativa de fuga da noiva. Entre negativas oficiais e boatos oficialescos, a cerimônia civil transcorreu com pompa, circunstância e cochichos nesta sexta, e o mesmo aconteceu na cerimônia religiosa.

Sob o agradável sol do verão europeu, que deixa Charlene ainda mais bela, mais um capítulo da tumultuada história dos Grimaldi será escrito. O mundo espera, no entanto, as saborosas notas de rodapé.

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Histórico – Há 700 anos no poder do principado de Mônaco, há pelo menos 50 os Grimaldi são a família real mais falada – leia-se fofocada – da Europa. Rainier III, o pai de Albert II, morto em 2005, foi responsável pela transformação do balneário em um paraíso fiscal e destino turístico de abastados do mundo inteiro. Sua gestão de face empresarial teve início em 1955, quando se casou com a atriz Grace Kelly. Há quem diga que, ao invés de amor, tenha havido da parte dele uma proposta irrecusável, aos moldes de Hollywood. Pura maldade.

Mas nada se compara aos escândalos – feitos de drogas, bebedeira, jogatina e casos extraconjugais – protagonizados pelos filhos Caroline, Stephanie e Albert desde os anos 1980.

O último, além de se desviar de boatos ligados à sua sexualidade, descobriu nos últimos anos ter dois filhos. Um, atualmente com 8, fruto de um caso amoroso com uma comissária de bordo, descoberto em 2005, e uma filha, hoje com 19. Os dois, que nunca foram apresentados publicamente nem têm direito a figurar na linha de sucessão, não irão ao casamento do pai.

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