Assim como boa parte dos atores que já trabalharam com Woody Allen, Cate Blanchett foi questionada sobre a parceria com o diretor, com quem trabalhou em Blue Jasmine (2013), que lhe rendeu o Oscar de melhor atriz.
Na CNN, a jornalista Christiane Amanpour perguntou à atriz como ela pode participar de movimentos como o #MeToo e Time’s Up, ambos em defesa da mulher que sofre assédios, e ter ficado calada sobre Woody Allen — acusado de molestar a filha adotiva. Cate, contudo, refutou dizendo que não ficou calada quando soube das acusações, e ponderou que o caso deveria ser novamente analisado pela Justiça, já que as redes sociais não devem ser tratadas como um tribunal.
“Na época em que trabalhei com o Woody Allen eu não sabia sobre o caso. A denúncia ganhou espaço enquanto divulgávamos o filme e, então, eu disse que era uma situação complicada e dolorosa para a família, e que eu esperava que eles conseguissem resolver”, diz.
A atriz ainda ressaltou a importância de que toda acusação de assédio sexual seja levada à Justiça. “Esta denúncia já passou pelo tribunal, sou alguém que acredita no nosso sistema legal. E se este caso precisa ser reaberto e reexaminado, então sou, de todo coração, alguém que apoia isso. As redes sociais são fantásticas para chamar a atenção sobre determinados assuntos, mas elas não são o juiz e o júri.” Assim, diz ela, pessoas comuns, que não sejam de uma indústria de destaque como Hollywood, terão precedente para se proteger.