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“Cada músculo dói”, diz guitarrista Kiko Loureiro, do Megadeth

O brasileiro fala dos seguidos problemas enfrentados pela banda americana em sua carreira e da expectativa de enfim tocar no Rock in Rio

Por Matheus Deccache 30 out 2021, 08h00
EM FRENTE - Kiko: “Apesar dos problemas, estamos aqui, prontos para tudo” -
EM FRENTE – Kiko: “Apesar dos problemas, estamos aqui, prontos para tudo” – (Joseph Branston/Total Guitar Magazine/Getty Images)

Como você imagina a apresentação do Megadeth no Rock in Rio 2022? Comecei a tocar guitarra por causa de um Rock in Rio, o de 1985. Estar no palco principal com o Megadeth será uma experiência incrível, o auge de uma empolgação que estamos sentindo desde que voltamos aos shows ao vivo. Vamos fazer mais de 30 até lá. O recomeço é engraçado, porque o corpo sente: cada músculo dói, cometemos erros que não são comuns, a cabeça demora para associar tudo.

Em 2019, o vocalista Dave Mustaine foi diagnosticado com câncer. Como a banda superou isso? Quando recebi a notícia, precisei parar e respirar fundo. O Dave contou com a maior naturalidade do mundo e não parou de trabalhar na gravação do novo álbum. Com o avanço da doença, demos uma pausa de seis meses. Mas em nenhum momento achei que a banda fosse acabar.

O mesmo Dave Mustaine disse recentemente que considera o uso obrigatório de máscara uma “tirania”. Você concorda? Eu sou completamente a favor da máscara. Na Finlândia, onde eu moro, as pessoas usam sem nenhuma necessidade da imposição. É o tipo de coisa que não deveria ser politizada. O caminho da ciência tem de ser respeitado e ponto-final.

O baixista David Ellefson tocava no Megadeth quando foi acusado de pedofilia. Como vocês receberam a notícia? Foi um choque. Cheguei a falar com ele, ouvir seu lado da história, mas não dá para passar um pano nesse tipo de situação. Ele tem de encarar as consequências dos seus atos.

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Ao longo de quarenta anos de estrada, os músicos do Megadeth passaram por vários problemas de saúde, drogas, cancelamentos de shows. Não chega a desanimar? Eu chamo isso de vida. Conseguimos superar e seguir adiante. Apesar de tudo, estamos aqui, prontos para tudo.

Artistas estrangeiros dizem que tocar no Brasil é especial porque o público é muito animado. Você também acha? Sem dúvida. Eu fiz um caminho inverso: cresci fazendo shows no Brasil e achava que o padrão era esse. Quando comecei a tocar na Europa, tinha a impressão de que não estavam gostando. No Brasil, do camarim já dá para ouvir os fãs gritando e cantando. Em outros países é um silêncio imenso. Você tem de pedir para o público interagir.

Publicado em VEJA de 3 de novembro de 2021, edição nº 2762

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