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Black Sabbath no Brasil: sem sexo nem drogas, banda promete muito rock and roll

Em turnê no país, Ozzy Osbourne e Geezer Butler deram entrevista no Rio. Tony Iommi passou mal e ficou em repouso

Por Pollyane Lima e Silva, do Rio de Janeiro
8 out 2013, 17h11

Ozzy, sobre o mico na Argentina: “Um fã jogou a bandeira (do Brasil) no palco e eu simplesmente a peguei. Tornou-se um erro internacional, mas f…”

Exatamente no horário marcado, às 15 horas desta terça-feira, e sem qualquer formalidade, Ozzy Osbourne e Geezer Butler entraram na sala reservada para a imprensa em um hotel no Rio de Janeiro. O igualmente cultuado guitarrista Tony Iommi também era esperado, mas não se sentia bem – ele está em tratamento contra um câncer e preferiu se poupar para os shows. A coletiva foi marcada para anunciar a turnê mundial The Reunion, que passará por Porto Alegre (nesta quarta-feira), São Paulo (dia 11), Rio de Janeiro (dia 13) e Belo Horizonte (dia 15).

É a primeira vez que eles vêm ao país com a formação original. Ou quase: o baterista Bill Ward não aceitou voltar ao grupo e foi substituído nos shows por Tommy Clufetos. “Lamentamos muito a ausência dele, mas fizemos o que tinha de ser feito”, comenta Ozzy, que se curvava a cada pergunta feita, num ritual que parecia ajudá-lo a entender o que estava sendo dito. Algumas vezes, porém, ele chegou a se perder e foi socorrido por Butler no complemento de sua fala.

As respostas eram sempre curtas, sem qualquer pudor e, na maioria das vezes, resumiam-se ao estilo de vida no início da carreira. “Há 40 anos, vivíamos de sexo, drogas e rock and roll. Agora, ficamos só no chá, refrigerante, e voltamos para o quarto depois dos shows”, contou Butler. “Porque eu não sou louco”, emendou Ozzy, aos risos, para uma pequena plateia de jornalistas-fãs que, conhecendo o ídolo do metal, sabem que ele mentia.

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Troca de bandeiras – Agora na condição de dois senhores de 64 anos, a voz e o baixo do Black Sabbath rejuvenescem alguns anos no palco. Mas ainda há espaço para momentos de senilidade ao vivo. Como – impossível não comentar – o mico de Ozzy na Argentina, onde se enrolou em uma bandeira brasileira em pleno show. Em solo brasileiro, o assunto desperta gargalhadas.

Sem perceber que cometeram uma gafe sob medida para uma das piadas “de gringo” – reza a lenda que uma das formas de demonstrar desconhecimento sobre o Brasil é apontar Buenos Aires como nossa capital -, os dois nem entendem onde erraram. “Um fã jogou a bandeira no palco e eu simplesmente a peguei. Tornou-se um erro internacional, mas f…”, respondeu o vocalista, que preferiu ressaltar aplausos em vez das vaias que levou na ocasião. “A receptividade dos fãs tem sido inacreditável. Estamos muito felizes.”

Novo trabalho – A turnê marca também o lançamento do novo CD e DVD, gravado ao vivo, que já está liberado para pré-venda. Live… Gathered in Their Masses reúne algumas das músicas mais famosas do Black Sabbath e quatro inéditas. “Escolhemos a Austrália, porque era onde iniciaríamos a turnê, e queríamos um registro disso”, explicou Butler. Para o Brasil, não há previsão de nenhuma gravação, ao menos por enquanto. “Não estamos fazendo muitos planos, porque dependemos também da saúde do Tony”, ponderou Ozzy.

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Finda a entrevista, cerca de 30 minutos depois, os dois se levantam com certa dificuldade e caminham para a saída. O vocalista, que mantém o estilo de sempre com as unhas pintadas de esmalte escuro, o cabelo bem liso e veste terno azul sobre roupa preta e acessórios dourados, dá meia volta. Agradece aos jornalistas com um sorriso fraterno e bate uma palma simpática. Às vezes, nem parece o cantor de letras satânicas que tem orgulho de deixar – ou já ter deixado, nos bons tempos – a Igreja de cabelo em pé. “Não seríamos Black Sabbath sem essa polêmica.”

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