Big Sister Brasil: o matriarcado na casa do BBB
Em vantagem numérica e com desempenho melhor até nas provas de resistência, mulheres do reality-show se articulam para eliminar os fortões
Prova do líder, na noite desta quinta-feira, é motivo de preocupação para a ala masculina
Quando selecionam os participantes de um reality-show, os produtores tomam todos os cuidados para que haja algum equilíbrio, ou pelo menos alguma configuração de forças que mantenha a dinâmica do jogo. Só assim, proporcionando a indefinição e as múltiplas possibilidades, o programa exibido na TV vai ter graça, vai proporcionar variações que vão manter o público sintonizado.
Nem Boninho, nem Bial, nem os próprios participantes da 11ª edição do Big Brother, no entanto, poderiam supor a força do ‘matriarcado’ que se instalaria na casa. O acordo velado – ainda em vigor, apesar dos abalos entre personalidades e hormônios causados recentemente na casa – inclui uma cláusula de “mulher não vota em mulher” na hora da eliminação.
O resultado já é conhecido. Aos números: até agora três mulheres foram líderes, contra apenas dois confinados do sexo masculino. A primeira a alcançar o posto mais alto da casa foi a analista criminal Natalia que, conquistou a primeira prova de resistência e deixou claro que, fisicamente, os fortões não levam vantagem. É bem verdade que quem comanda os músculos é o cérebro, mas o BBB não é, por assim dizer, um confronto de cabeças – e não importa aqui a configuração de cromossomos X e Y dos participantes.
Seja como for, a Mineira superou, este teste, quase 12 horas de estresse, superando, nos últimos momentos, a atriz Maria – os homens tinham deixado a prova horas antes.
Natália, usando o direito que acabara de conquistar, mandou para a berlinda o músico Mauricio. Mau Mau foi, então, para o paredão com o dançarino Diogo. O primeiro acabou eliminado e voltou à casa – numa manobra da direção para restabelecer certas condições que, por enquanto, só Boninho e seus asseclas conhecem.
Divulgação/site BBB
A segunda liderança feminina da casa ficou a cargo da modelo Talula. Sorte puxa sorte, desgraça puxa desgraça. E foi a vez de a sorte sorrir para a porção feminina da casa. A modelo paulista só precisou tirar uma bolinha vermelha da urna para se tornar líder. Talula, em seguida, emparedou e eliminou o aspirante a rapper Igor, que perdeu para a produtora de eventos Diana. O paulista também tentou o reingresso no jogo, mas ficou na lanterna nas votações da Casa de Vidro.
A terceira mulher a ser vitoriosa foi a dançarina Jaqueline. Mais uma vez, em uma prova de resistência disputada durante quase dez horas, três mulheres chegaram mais perto de vencer, desbancando os homens no quesito “intimidade com o forno”, em uma ridícula fantasia de frango assado, submetido, como convém, às altas temperaturas. Depois do sacrifício de conhecer o forno pelo lado de dentro, e com o apoio de Talula, Jaqueline despachou a miss Adriana pra fora da prova e conquistou o direito de emparedar alguns participantes.
Jaqueline pretendia emparedar o novo morador, Wesley, mas como o médico estava imune, a carioca acabou enquadrando e eliminando seu amigo Cristiano. A casa, já predominantemente composta por mulheres, indicou o modelo Rodrigão, que escapou com folga do fuzilamento.
Mantida essa tendência, os homens podem se preparar para a prova do líder da noite desta quinta-feira. Se a alternância de modalidades for respeitada, o teste não deve ser de resistência física – quesito que poderia, em tese, representar alguma vantagem para os marmanjos.