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A saga da pintura sumida por 99 anos que deve arrecadar milhões em leilão

Retrato da Senhorita Lieser, do austríaco Gustav Klimt, foi exibida pela última vez em 1925, e reapareceu com a expectativa de faturar uma bagatela

Por Amanda Capuano 26 jan 2024, 15h05

Uma pintura do austríaco Gustav Klimt que ficou perdida por quase um século foi redescoberta em uma coleção privada e vai a leilão no dia 24 de abril. Batizada de Retrato da Senhorita Lieser, a obra, que até então era conhecida apenas por uma fotografia em preto e branco, deve arrecadar entre 160 e 267 milhões de reais segundo a estimativa da im Kinsky, a casa de leilões de Viena responsável pela venda.

Pintada em 1917, um ano antes da morte de Klimt, o retrato foi encomendada pelo clã Lieser, família judia da alta sociedade austríaca, de onde saíram os principais patronos e clientes do pintor. Na época, os irmãos Adolf e Justus Lieser estavam entre os principais industriais da monarquia austro-húngara. Segundo os catálogos de Klimt, Adolf teria contratado o artista para pintar sua filha Margarethe Constance, de dezoito anos, mas estudos mais recentes levantaram a possibilidade de que garota retratada, na verdade, seja uma das filhas de Justus.

Antes de ir à leilão, em 24 de abril, a obra será exibida em diversos lugares do mundo. As paradas  previstas pelo itinerário incluem Suíça, Alemanha, Grã-Bretanha e Hong Kong.

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Retrato da Senhorita Lieser, 1917 (Espólio do artista/im Kinsky/Divulgação)

A história da pintura Retrato da Senhorita Lieser

Tida como uma das últimas obras de Klimt, o retrato foi deixado por ele em seu ateliê com pequenas partes inacabadas. Após a morte do pintor, em fevereiro de 1918, o quadro foi entregue à família Lieser. A última vez que a pintura foi vista em público foi em 1925, em uma exposição em Viena, quando estava sob posse de Henriette Lieser, deportada pelos nazistas em 1942 e assassinada no ano seguinte.

O destino da obra depois disso é nebuloso: apesar de ter como última dona conhecida uma vítima do holocausto, a obra nunca foi reivindicada nem apareceu em listas de restituição. “Não temos nenhum indício de que tenha sido confiscada pelos nazistas”, afirmou o especialista Ernst Ploil, da im Kinsky, em comunicado à imprensa. Fato é que a obra reapareceu somente agora, depois que o atual dono, que não teve a identidade divulgada, solicitou uma avaliação legal da obra — ele recebeu a pintura através de três heranças consecutivas, e ela teria sido adquirida por um parente distante na década de 1960. 

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