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A invasão dos leilões de arte por curadores pop como Robert Pattinson

O inglês engrossa uma tendência em alta no mercado: o uso de rostos famosos para atrair mais jovens

Por Amanda Capuano 9 out 2022, 08h00

Poucos atores marcaram tanto o universo jovem nos últimos anos como Robert Pattinson. Antes da popularidade estrondosa na pele do vampiro Edward Cullen, da saga Crepúsculo, o inglês despontou no cinema como o querido Cedrico Diggory, oponente de Harry Potter no torneio de bruxos de O Cálice de Fogo. Anos depois, reinventou-se no cinema independente, até voltar recentemente aos arrasa-quarteirões como o herói-morcego do sombrio The Batman. Mas seu trabalho mais recente se dá fora das telas. Ou melhor, em um tipo diferente de tela: em setembro, Robert foi escolhido como curador convidado de um tradicional leilão de arte contemporânea da Sotheby’s, uma das maiores casas de leilão do mundo.

O Album De Robert Pattinson

Popular entre os jovens, o ator foi parte de uma estratégia da respeitável casa leiloeira para atrair ao mercado de arte uma nova geração de potenciais compradores. Antes dele, nomes como Oprah Winfrey, a cantora Ellie Goulding, a ex-spice girl Victoria Beckham e o baterista da banda The Strokes, Fabrizio Moretti, também firmaram parcerias com a Sotheby’s.

O uso de celebridades como padrinhos da arte faz efeito: a venda do lote com a grife de Pattinson arrecadou 35 milhões de dólares em Nova York na sexta-feira 30. Responsável por selecionar apenas seis das 186 peças disponibilizadas ao público, o ator viu uma de suas escolhas ser a recordista da noite. Um quadro de 1964 de Willem de Kooning descrito por ele como “sensual e saboroso” foi arrematado por 4,1 milhões de dólares, quase o dobro da estimativa, que era de 2,5 milhões. “Procuro peças que tenham sua própria linguagem”, proclamou o curador pop. A idade do comprador não foi divulgada. Mas a parceria de 2019 do roqueiro dos Strokes com a mesma Sotheby’s deu pistas do impacto geracional da ideia: na ocasião, 25% dos participantes do leilão de arte dos velhos mestres com sua marca tinha menos de 40 anos.

Caminhos da curadoria

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Fora do universo das grandes galerias, um nome conhecido no cenário musical tem se destacado como patrono das artes. O jovem RM, do fenômeno sul-coreano BTS, está rodando o mundo em busca de peças para sua coleção particular. Ativo nas redes sociais, ele compartilha suas aquisições e visitas a galerias e museus com seus 38 milhões de seguidores, que procuram conhecer as instituições e os artistas preferidos do ídolo. O impacto do cantor na divulgação da arte, especialmente sul-coreana, já foi reconhecido: em 2020, o conselho artístico da Coreia do Sul nomeou RM como patrocinador do ano após uma doação equivalente a 366 000 reais a um museu do país. Com padrinhos famosos assim, a arte e os jovens só têm a ganhar.

Publicado em VEJA de 12 de outubro de 2022, edição nº 2810

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O Album De Robert Pattinson
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