A ‘história alternativa’ na novela Novo Mundo
Novo folhetim das 6 testa os limites da mistura de história com fantasia abilolada
Reportagem publicada nesta semana em VEJA analisa a forma como a história do Brasil é abordada em Novo Mundo, atual novela das 6 da Globo. Com sua combinação de figurões reais do passado, capricho visual e invenciones extravagantes, o folhetim engrossa um filão que já é popular na TV americana: a teledramaturgia devotada à exploração da chamada “história alternativa”. Já na sequência que abriu seu primeiro capítulo, Novo Mundo deu uma amostra do que isso significa. A vinda da princesa Leopoldina ao Brasil, em 1817, é recriada com luxo, desde a festa em um palácio com distribuição de barras de ouro à bandejada para os convivas até o embarque dos personagens em uma réplica bem feitinha de caravela portuguesa do início do século XIX. Tudo impecável, exceto por um detalhe capcioso: quase nada do que se vê na cena consta dos livros de história.
A reportagem ouviu estudiosos especializados naquele período para comparar situações mostradas na novela da Globo com o que aconteceu no passado de verdade e, assim, ajudar o espectador a separar os fatos históricos das puras lorotas. As liberdades de Novo Mundo vão do modo como se aborda as relações de Dom Pedro (Caio Castro) com a esposa, Leopoldina (Leticia Colin), e a amante, a Marquesa de Santos (Agatha Moreira), até questões como o suposto engajamento do herdeiro do trono português na causa dos índios brasileiros. E a lista de dúvidas nesse terreno movediço entre a ficação e o passado real é imensa. Faz sentido mostrar um personagem de óculos escuros naquela época? Ou um celular ser mostrado em cena? A conclusão é que há licenças poéticas aceitáveis e outras que não dá para engolir (e nem se fala aqui da balbúdia dadaísta de sotaques lusitano, carioca e alemão). Saiba mais sobre o que é verídico e o que baboseira na novela das 6 na edição de VEJA já nas bancas e tablets.
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