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A força da leoa: mãe de Paulo Gustavo brilha no streaming e na TV aberta

Déa Lúcia aparece ao lado do humorista em produção da Amazon e rouba a cena no 'Domingão com Huck' enquanto tenta superar a perda do filho

Por Gabriela Caputo Atualizado em 16 dez 2022, 12h35 - Publicado em 16 dez 2022, 06h00

Há dez anos, o Brasil conheceu aquela que se tornaria uma personagem onipresente da comédia nacional: Dona Hermínia, a mãe de família com bobes nos cabelos e uma atitude tão singular quanto universal. O ator e humorista Paulo Gustavo nunca omitiu que a inspiração do fenômeno Minha Mãe É Uma Peça era sua mãe, Déa Lúcia Amaral — que mais tarde foi levada por ele para os palcos ao redor do Brasil num show musical. Filho da Mãe, documentário que acaba de chegar à Amazon Prime Video, expõe os bastidores desse último trabalho do ator e revela a força da matriarca. Mais de um ano e meio após a morte trágica de Paulo Gustavo em decorrência da Covid-19, em maio de 2021, dona Déa, 75 anos, honra os passos do filho e conquista espaço na TV enquanto remenda o coração.

Convidada por Luciano Huck para uma participação em seu Domingão, como jurada do Dança dos Famosos, Déa brincou, cantou e chamou atenção. Era a Hermínia real falando com o povo. Virou, assim, presença fixa do quadro Acredite em Quem Quiser, roubando a cena de figuras manjadas como Lívia Andrade e o padre Fábio de Melo. Ganhou, também, um espaço só seu para dar conselhos aos espectadores: “Pode isso, dona Déa?”, perguntam eles ao revelar seus problemas. Debochada ou sensível, Déa responde a dilemas que vão desde como lidar com o ronco do marido até como uma mãe pode lutar ao lado de seu filho LGBTQIA+.

Minha Mãe É Uma Peça 2

Paulo Gustavo sempre soube do talento de Déa. A admiração e a natureza provocativa da relação entre os dois são retratadas no documentário da Amazon, que também revisita a carreira e a vida pessoal de Paulo Gustavo por meio de depoimentos de familiares e amigos e de vídeos de seu passado. Susana Garcia, diretora do projeto e de Minha Mãe É uma Peça 3, além de melhor amiga do ator, descreve a produção como um registro do “humor com amor” que ele representava. Susana esteve ao lado do amigo em seus últimos momentos. “Uma forma de superar o luto é através da ação. Déa estar trabalhando é uma vivência fundamental para ela. Tenho certeza de que Paulo Gustavo está aplaudindo”, afirma Susana.

JUNTANDO OS CACOS - Com Paulo Gustavo (acima) e no programa de Luciano Huck na Globo: o filho vibrava com o carisma que a mãe agora exibe na tela da TV -
JUNTANDO OS CACOS - Com Paulo Gustavo (acima) e no programa de Luciano Huck na Globo: o filho vibrava com o carisma que a mãe agora exibe na tela da TV (Daniel Mobilia/Folhapress/Cadu Pilotto/TV Globo)

Apesar de esbanjar alegria na programação dominical, Déa não esconde que juntar os cacos da perda é tarefa árdua. “É difícil perder um filho. E ele era muito intenso para todos. Se não fosse minha fé, estaria tudo perdido para mim. Meus netos, Romeu e Gael, também me dão muita força. Vejo Paulo nos dois”, contou ela a VEJA, com olhos marejados. No espetáculo, o ator vibrava com a mãe. Certa vez comentou, cheio de orgulho, que Déa havia brilhado mais que ele em cena. “Ela consegue, numa mesma frase, ir da emoção à risada. Não é à toa que Paulo saiu genial daquele jeito”, brinca Susana.

Case Notebook Personalizado Minha Mãe é Uma Peça

Mesmo que houvesse receio em deixá-la participar do mundo traiçoeiro da fama, o humorista queria que todos fossem testemunhas do carisma da mãe. Ao levar Déa para teatros e arenas, possibilitou que ela realizasse o sonho antigo de cantar para grandes plateias. Por quase trinta anos, Déa fez bicos como cantora da noite, e adorava. “Eu dizia: trabalho de dia para comer de noite, e canto na noite para comer de dia”, afirma. Ela buscou refúgio no ofício após se separar do marido, frequentando uma seresta em sua vizinhança. Um dia, um músico a convidou para cantar. Depois de certa resistência, ela ficou em pé e soltou a voz de vez.

Já a atual carreira na televisão é algo que Déa nem imaginava: “Não me senti e não me sinto uma estrela. Fiz palhaçada no quadro, todo mundo riu, e fui ficando”. Ela foi até apelidada de “a nova Dercy Gonçalves” — embora, ao contrário da humorista, não goste de falar palavrão ao vivo. Eis que as cortinas que um dia se abriram para Dona Hermínia agora revelam a mãe leoa original.

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Publicado em VEJA de 21 de dezembro de 2022, edição nº 2820

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