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A arena olímpica não resistiu ao Iron Maiden

Show da banda inglesa foi interrompido na primeira música, depois da queda de uma grade que separava o público do palco. Metaleiros evitaram tragédia

Por João Marcello Erthal, do Rio de Janeiro
28 mar 2011, 13h35
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  • “A barreira está completamente quebrada. Não queremos que ninguém se machuque. Estou desapontado, mas não poderemos tocar esta noite. Tragam seus tickets e tocaremos amanhã. É importante dizer: sabemos que isso é uma droga”, explicou Bruce Dickinson

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    Bruce Dickinson, a voz arrasadora do Iron Maiden, foi um gentleman. E os mais de 13 mil metaleiros que lotavam a HSBC Arena, na zona oeste do Rio, fizeram sua parte, evitando um grande tumulto na noite de domingo. A queda dos alambrados que separavam a “pista Premium” obrigou a banda inglesa a interromper a apresentação ainda na primeira música, e por pouco o estádio não se transforma em uma sangrenta arena romana.

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    Superada a frustração do público, que poderá ver o show da turnê The Final Frontier na noite desta segunda-feira, fica a pergunta óbvia: dá para confiar em uma instalação olímpica que sucumbe a um show de rock? A arena que agora leva o nome do HSBC serviu aos Pan de 2007 e integra os equipamentos de 2016. Até lá, passará por uma série de pequenas mudanças e eventos que servirão de testes.

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    A sensação de quem viu um show com ingressos de até 400 reais ser interrompido é de que, no mínimo, alguém não está preparado para configurar os alambrados. E, como se sabe, em matéria de organização e segurança, os Jogos Olímpicos não admitem “medalha de prata” ou improviso.

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    Desta vez, a falha ocorreu com um público majoritariamente composto por pessoas com mais de 30, que pagaram caro. Numa apresentação para adolescentes a reação da platéia pode não ser tão racional.

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    A EMI, gravadora da banda, divulgou o seguinte comunicado: “O show do Iron Maiden na HSBC Arena que aconteceria neste domingo, dia 27, foi adiado para hoje, segunda-feira, dia 28 de março, às 21:00 hs por problemas técnicos com a montagem da barricada em frente ao palco. Essa decisão foi tomada em conjunto pelo staff da banda e pela HSBC Arena por ser prioridade de ambos a segurança dos fãs.”

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    A ironia fica por conta do nome da turnê: ‘The Final Frontier’, a fronteira final, metáfora adequada para a falha do show – ou da arena, ou da organização. Depois dos dois minutos de introdução de ‘Satellite 15… the final frontier’, os roqueiros cinqüentões saltaram no palco, com a mesma energia adolescente de quanto pisaram na cidade pela primeira vez, em 1985, no Rock in Rio. Bruce, no entanto, parou de cantar para usar o microfone para pedir calma e “one step back” ao público. Algumas pessoas grudadas à barricada caíram, mas não houve feridos, pelo menos não com gravidade.

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    Os músicos conduziram o número até o fim, mas Bruce explicou em seguida que a banda faria uma pausa de 10 minutos para que a barricada fosse refeita. Passaram-se mais de 20 minutos e o cantor, que também é piloto de aviação comercial – ele costuma, inclusive, conduzir o Boeing da banda nas turnês – usou a experiência de comandante para comunicar uma mudança no ‘plano de voo’ para a noite.

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    “A barreira está completamente quebrada. Não queremos que ninguém se machuque. Estou desapontado, mas não poderemos tocar esta noite. Tragam seus tickets e tocaremos amanhã. É importante dizer: sabemos que isso é uma droga”, explicou.

    A empolgação em um show de rock, unida à desorganização, pode ser mortal. Em 2000, oito pessoas morreram esmagadas em um show do Pearl Jam na Dinamarca. Esse tipo de tragédia ensina basicamente duas coisas: não há força que resista ao movimento de milhares de pessoas em pânico; e não há grande evento que resista à incompetência.

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