A história divulgada nesta segunda-feira, 4, pela polícia de Londres daria um episódio perfeito para a série Cold Case: Arquivo Morto, em que agentes resolvem casos sem solução há muitos anos. A força metropolitana da capital inglesa recuperou uma Ferrari esportiva roubada em 1995. A Met, como é chamado o departamento policial, levou quatro dias para recuperar o veículo.
Foi um furto. Em abril de 1995, enquanto o austríaco Gerhard Berger e outro piloto de Fórmula 1 estavam em Ímola, na Itália, para correr o Grande Prêmio de San Marino, suas Ferraris esportivas foram roubadas. Uma delas, a de Berger, era uma F512M vermelha. Os carros nunca foram encontrados, até que a Met iniciou uma investigação no início do ano.
A dica foi dada pela própria fabricante italiana, que em janeiro enviou um relatório para a polícia de Londres indicando que um carro comprado no ano passado por um americano de um vendedor britânico poderia ser roubado. Agentes da Unidade de Crime Organizado em Veículos realizaram extensas investigações em todo o mundo e descobriram que o carro havia sido enviado para o Japão logo após ser roubado.
Os policiais apreenderam o carro, que já havia retornado ao Reino Unido no ano passado. A força disse que o veículo está avaliado em cerca de 350 mil libras (2,2 milhões de reais). “Nossas investigações foram meticulosas e incluíram o contato com autoridades de todo o mundo”, disse o comissário Mike Pilbeam, que liderou a investigação. “Trabalhamos rapidamente com parceiros, incluindo a Agência Nacional do Crime, bem como a Ferrari e concessionárias de automóveis internacionais, e esta colaboração foi fundamental para compreender os antecedentes do veículo e impedi-lo de sair do país.”
Ninguém foi preso e a segunda Ferrari roubada continua desaparecida. A fabricante italiana montou 501 unidades do modelo F512M entre 1994 e 1996. O carro atinge uma velocidade máxima de 315 quilômetros por hora.