Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

O estilista que é o queridinho da vez de Madonna

Foi-se o tempo de Jean-Paul Gaultier. A cantora, com seu condão de catapultar estilistas, só quer saber de Guram Gvasalia

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 set 2023, 08h00

Desde o começo da carreira, no início dos anos 1980, Madonna, hoje com 65 anos, tinha um único e modesto objetivo: dominar o mundo. Deu certo. Estrela incontornável da música pop, ela se tornou uma das figuras de maior impacto na cultura popular de nosso agitado tempo. A estrada aberta pela diva, onde antes havia pouca coisa, é a mesma por onde hoje desfilam Beyoncé, Lady Gaga e Taylor Swift.

Não fosse Madonna, elas não existiriam para a fama. Sem Madonna, talvez não tivessem roupa para subir aos palcos. A intérprete de Like a Virgin intuiu, lá atrás, que o jeito de corpo era um grito. Esperta, se aproximou do estilista francês Jean-Paul Gaultier, de quem se tornou madrinha e farol. E quem há de esquecer do icônico bustiê em formato de cone de Blond Ambition, dos anos 1990?

ESTRATÉGIA - Tino para o sucesso: retratos nas redes sociais e ao lado de Madonna para a criação dos figurinos da nova turnê da cantora
ESTRATÉGIA - Tino para o sucesso: retratos nas redes sociais e ao lado de Madonna para a criação dos figurinos da nova turnê da cantora (Fotos @gurangvasalia/Instagram)

Foi ali que a material girl ergueu (para nunca mais largar) a bandeira do feminismo e da libertação sexual. Gaultier, é claro, subiu ao Olimpo. Como a fila anda, e o tempo passa, Madonna — prestes a voltar a excursionar com pompa e circunstância — elegeu um novo queridinho para chamar de seu: o georgiano exilado em Paris Guram Gvasalia. Seu mote, madonniano: ele quer ser “o maior nome da moda”.

Diretor criativo e CEO da grife francesa Vetements, Gvasalia é da pesada. Inventivo, ele tem tino afinado para negócios. Na antessala do reconhecimento mundial, que certamente virá depois do início dos shows de Madonna na turnê Celebration, a partir de outubro, ele deu um jeito de postar e fazer circular uma foto ao lado da estrela no perfil de sua grife nas redes sociais. O truque: aproveitou o adiamento dos espetáculos depois de a cantora ter sido internada em decorrência de uma infecção bacteriana, e que naturalmente chamaria a atenção da galáxia, para crescer e aparecer. Afinal, quem era aquele homem do lado da rainha?

Continua após a publicidade
PARCERIA - A diva pop com Jean-Paul Gaultier: ela projetou o costureiro francês a partir dos anos 1990
PARCERIA - A diva pop com Jean-Paul Gaultier: ela projetou o costureiro francês a partir dos anos 1990 (Theo Wargo/Getty Images)

O nome do jogo de Gvasalia, de 42 anos, é ousadia, postura que o tirou das sombras do irmão mais velho, Demna Gvasalia, que fundou a Vetements em 2014, mas, desde 2019, responde pela prestigiada Balenciaga. Ainda que mantenha o brio na grife espanhola, o primogênito pena com as polêmicas recentes em torno de acusações de incitação à pedofilia em uma campanha da marca e denúncias de plágios.

O caçula, dado a modelos desconstruídos, de camisetas gigantes e jeans largos, emoldurados por joias em profusão, sacou a oportunidade, pediu espaço e pronto — fez de sua irreverência, associada à correção que o irmão parece não ter, atalho para a visibilidade. Chegou a hora dele (acompanhada, ressalve-se, por uma extensa coleção particular de relógios Patek Philippe e Audemars Piguet). Guram é tão responsável quanto Demna por transformar a loja francesa em um sucesso milionário, com 400 unidades espalhadas pelo globo e onipresente nas redes sociais. É movimento que explodirá, logo mais, de mãos dadas com Madonna, por óbvio, porque assim caminha a humanidade. “Desenhar os figurinos dela foi um grande privilégio e uma honra”, disse, com falsa modéstia. “Sinto que ainda há algo muito grande por vir. Agora é a minha vez.” O agora dele é para já. Faça um teste: procure uma fotografia de Guram em desfiles de Milão, Paris e Nova York. A chance de vê-­lo na primeira fila ao lado de celebridades como Avril Lavigne e J. Balvin é de 100%. Vale o mantra do costureiro, que dorme depois das 5, trabalhando, e às 10 horas já acordou: “O bom não basta, é preciso o muito bom”.

Publicado em VEJA de 1º de setembro de 2023, edição nº 2857

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.