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Nova queixa de Angelina Jolie mostra que a guerra com Brad Pitt vai longe

Em contra-ação legal sobre uma vinícola francesa que possuíam juntos, ela detalha os abusos do ator contra ela e seus filhos em um voo em 2016

Por Simone Blanes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 5 out 2022, 09h05 - Publicado em 5 out 2022, 08h47

Angelina Jolie apresentou uma nova queixa contra o ex-marido Brad Pitt nesta terça-feira 4, revelando novos detalhes sobre o que ela descreveu em documentos judiciais como “comportamento abusivo dele em um avião particular em 2016 que levou à dissolução do casamento”.

Em um processo judicial em Los Angeles, anexado como parte de uma batalha legal sobre uma vinícola que os atores possuíam juntos, os advogados da atriz afirmaram que as negociações para vender sua parte do negócio para Pitt foram interrompidas por ele exigir que ela assinasse “um acordo de confidencialidade que a proibiria contratualmente de falar fora do tribunal sobre o abuso físico e emocional do ator contra ela e seus filhos”.

O processo continua descrevendo uma explosão física e verbal prolongada em setembro de 2016, quando Pitt, Jolie e seus seis filhos voaram da França para a Califórnia. “Pitt sufocou uma das crianças e bateu no rosto de outra” e “agarrou Jolie pela cabeça e a sacudiu”, afirma o documento, acrescentando que em um ponto “ele derramou cerveja em Jolie; em outro, ele derramou cerveja e vinho tinto nas crianças”. As autoridades federais que investigaram o incidente, porém, se recusaram a apresentar acusações criminais. Dias após essa viagem de avião, a atriz pediu o divórcio.

A advogada de Pitt, Anne Kiley, disse que ele acatou a responsabilidade por algumas coisas em seu passado, mas que não aceitaria ser responsabilizado por coisas que não fez. A separação de Jolie e Pitt se arrasta por anos, com uma ferrenha batalha judicial pela custódia de seus filhos e, mais recentemente, por um processo instaurado pelo ator sobre a vinícola francesa Château Miraval, que o casal comprou há mais de uma década. O processo de Pitt, aberto este ano, acusou sua ex-mulher de violar seus “direitos contratuais” quando ela vendeu sua metade da empresa para uma subsidiária do Stoli Group, sem sua aprovação.

A nova reclamação de Jolie afirma que ela só vendeu sua participação depois que as negociações sobre a exigência de um acordo de confidencialidade fracassaram. O processo afirma que o agente do FBI, que investigou as alegações de que Pitt agrediu fisicamente Jolie e seus filhos no avião em 2016, “concluiu que o governo tinha uma provável causa para acusar Pitt de um crime federal por sua conduta naquele dia”.

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Um relatório redigido pelo FBI sobre o caso, que foi relatado por vários meios de comunicação em agosto, inclusive pelo jornal The New York Times, que obteve o documento, afirma que o agente forneceu à Procuradoria dos Estados Unidos “cópias de uma declaração de causa provável relacionada a este incidente”. “Depois de analisar o documento, o representante da Procuradoria dos Estados Unidos discutiu os méritos desta investigação com o agente do caso. Foi acordado por todas as partes que as acusações criminais não seriam levadas a cabo devido a vários fatores”, dizia o relatório, que ainda descreveu Jolie como “em conflito sobre se deve ou não apoiar as acusações” relacionadas ao caso.

Representantes do FBI e da Procuradoria dos EUA em Los Angeles se recusaram a comentar. “Ela fez um grande esforço para tentar proteger seus filhos de reviver a dor que Pitt infligiu à família naquele dia”, argumentaram os advogados da atriz na nova queixa. “Mas quando Pitt entrou com este processo buscando reafirmar o controle sobre a vida financeira de Jolie e obrigá-la a se juntar a ele como um parceiro de negócios, a forçou a se defender publicamente”.

De acordo com o relato de Jolie sobre o voo de 2016 nos autos do tribunal, a disputa começou quando Pitt acusou Jolie de ser “muito respeitosa” com seus filhos e começou a gritar com ela no banheiro. “Pitt agarrou Jolie pela cabeça e a sacudiu, depois agarrou seus ombros e a sacudiu novamente antes de empurrá-la contra a parede”, afirma o processo. “Pitt então socou o teto do avião várias vezes, levando Jolie a sair do banheiro”. Ainda segundo os autos, “quando uma das crianças veio em defesa da mãe, Pitt a atacou, levando-a a agarrá-lo por trás. Em meio à briga, Pitt engasgou uma das crianças e atingiu outra no rosto”.

O voo de 2016 tem sido objeto de reportagens da mídia desde sua ocorrência. Em novembro daquele ano, o FBI divulgou um comunicado dizendo que havia encerrado sua investigação sobre o voo e que nenhuma acusação havia sido feita. Segundo informações da Puck Nees, em agosto, Jolie estava buscando informações sobre o caso do FBI como uma anônima em um processo da Lei de Liberdade de Informação e a publicação de detalhes do relatório.

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Angelina Jolie e Brad Pitt se conheceram no set do filme “Mr. & Mrs. Smith”, em 2005. No longa, interpretaram um casal de assassinos contratados para matar um ao outro. Em 2008, eles compraram o controle acionário do Château Miraval, considerando-o tanto uma casa de família quanto uma empresa; anos depois, o casal se casou na propriedade. Eles têm seis filhos, com idades entre 14 e 21 anos.

A vinícola francesa, conhecida por seu vinho rosé, está no centro de uma disputa judicial entre o casal divorciado. Em fevereiro, Pitt processou Jolie e sua ex-empresa, alegando que ela violou suas “expectativas contratuais” quando vendeu sua participação na empresa de vinhos para a Tenute del Mondo, uma subsidiária do Stoli Group. De acordo com o processo, o ex-casal tinha um entendimento de que nenhum dos dois venderia sua parte da vinícola sem o consentimento do outro. “Jolie perseguiu e depois consumou a suposta venda em segredo, mantendo Pitt propositadamente no escuro e violando conscientemente os direitos contratuais do ex-marido”, descreve o processo do ator.

No mês passado, a ex-empresa de Jolie, que agora pertence ao Stoli Group, processou Pitt, refutando sua versão dos eventos e sua alegação de que a venda constituía uma “aquisição hostil”. Na contra-ação da própria atriz, apresentada no Tribunal Superior de Los Angeles na terça-feira 4, ela disse que optou por vender sua parte do negócio de vinhos porque estava “desconfortável em participar de um negócio relacionado ao álcool, considerando que o ex-marido tem um reconhecido problema de abuso de álcool”.  Pitt disse ao The Times, em 2019 que, depois que Jolie pediu o divórcio, ele passou um tempo frequentando os Alcoólicos Anônimos e estava comprometido com a sobriedade.

Em seus processos, Pitt e Jolie compartilharam relatos divergentes de como as negociações em torno da vinícola desmoronaram. No processo do galã, ele afirmou que Jolie desistiu do acordo provisório no ano passado depois que um juiz que supervisionava a disputa de custódia emitiu uma decisão contra ela, levando-a a recorrer ao Stoli Group. Em contrapartida, a atriz alegou que foi Pitt o único a desistir do negócio depois que ela se recusou a concordar com sua cláusula de não depreciação, forçando-a a recorrer a outro comprador. Essa guerra vai longe.

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