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Ícone da moda, Iris Apfel morre aos 102 anos

Designer de interiores da Casa Branca, a empresária americana foi alçada à fama aos 80 anos e se tornou conhecida pelo guarda-roupa maximalista

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 1 mar 2024, 23h57

A empresária, designer de interiores, atriz e ícone da moda americana Iris Apfel, conhecida pelo estilo maximalista de se vestir, pelos óculos enormes e pela fama tardia, alcançada quando ela já tinha mais de 80 anos, morreu nesta sexta-feira, 1º de março, aos 102 anos. Ela estava em sua casa, em Palm Beach, na Flórida. A informação foi confirmada em sua conta no Instagram, mas a causa da morte não foi revelada.

Formada em história da arte pela Universidade de Nova York, manteve um negócio no indústria têxtil ao lado do marido, Carl Apfel (1915-2015). A empresa do casal, Old World Weavers, era especializada em reproduções de tecidos dos séculos 17, 18 e 19. Os dois viajavam pelo mundo em busca de referências, e ao longo dos anos Apfel construiu um guarda-roupas invejável que incluía peças orientais, muitas delas únicas. Como designer de interiores, fechou contratos com clientes da alta sociedade. Trabalhou para nove presidentes diferentes, cuidando da decoração da Casa Branca. Sua segunda carreira, no entanto, começou após sua aposentadoria, em 1992.

A “estrela geriátrica“, como ela mesma se definia, ajudou a definir um padrão maximalista, que mesclava cores, referências e acessórios de uma forma inusitada e nem sempre compreendida. “Mais é sempre mais, e menos é um tédio”, dizia ela. Em entrevista ao jornal americano The New York Times, disse que por não se vestir como as outras pessoas, “podia pensar de forma diferente de todos”. E assim passou a ser reconhecida como ícone fashion.

Quebrando o padrão de modelos extremamente jovens, tornou-se referência e inspiração. Em 2005, o Metropolitan Museum of Art, em Nova York, inaugurou a exposição Rara Avis: Seleções da Coleção de Iris Apfel, a primeira da instituição dedicada ao guarda-roupa de uma única pessoa. Foram expostos 82 looks completos e 300 acessórios, de bolsas e braceletes a casacos e peles. A mostra ajudou a consolidar de vez sua imagem exagerada, carismática e única. Ela passou a aparecer em ensaios para grandes publicações da moda e a fazer propagandas.

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Sua trajetória foi retratada de forma sensível no documentário Iris, uma Vida de Estilo, do diretor Albert Maysles (1926-2015). Lançado em 2014, um ano antes da morte do cineasta, no Festival de Cinema de Nova York, recebeu críticas positivas.

Nos últimos anos, apesar da mobilidade prejudicada, continuava ativa, especialmente nas redes sociais. Em sua página no Instagram, mostrava seus looks extravagantes para os quase 3 milhões de seguidores e se apresentava como a “adolescente mais velha do mundo”.

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