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Fazenda de polvos na Espanha acende debate sobre exploração animal

Primeira do mundo, cultura pode ter até 15% de mortalidade

Por Luiz Paulo Souza Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 Maio 2023, 14h55

A multinacional Nueva Pescanova planeja abrir uma fazenda de polvos nas ilhas Canárias, na Espanha. A justificativa é que a demanda por esses animais é mais alta do que a oferta natural e, por isso, cultivá-los em cativeiro seria uma boa alternativa. De acordo com um documento interno vazado para a BBC, contudo, a empresa abrigará até até mil animais em um único tanque, o que pode levar a uma taxa de mortalidade de até 15%. 

Cientistas e ambientalistas têm se voltado contra o empreendimento. No último dia 21, ativistas se reuniram em Madrid para protestar em defesa dos povos e, nas redes sociais, abaixo-assinados já contam com centenas de milhares de assinaturas, um deles, no site Avaaz, prestes a bater um milhão de apoiadores. 

Existe um consenso cada vez maior de que os polvos são criaturas sencientes, o que quer dizer que, além de inteligentes, esses animais são capazes de ter sentimentos – de dor a tédio ou excitação. Por si só, essa informação já abre debates sobre a exploração desse animais já que, por enquanto, ainda não existem maneiras indolores ou humanitárias de matá-los para consumo. 

A ideia de abrir uma fazenda de polvos acendeu ainda mais essa discussão. Além de sencientes, os polvos também são solitários, curiosos e territorialistas por natureza e portanto, mantê-los em um cativeiro pode fazer com que eles se tornem agressivos, canibais e automutiladores, o que explica a alta taxa de mortalidade. 

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Especialistas ainda argumentam que uma fazenda para criar esses animais é algo insustentável ambientalmente pois, por serem animais carnívoros, a cultura exigirá a pesca de uma grande quantidade de peixes destinados a alimentação dos tentaculados. 

Atualmente não existem leis que protegem os polvos porque a maioria dos países não incluem os invertebrados – classe a que eles pertencem – nas medidas de bem estar animal. No entanto, frente às novas descobertas, Estados como o Reino Unido tem considerado incluir polvos, lagostas e caranguejos nessas regulamentações.  

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