Em agosto de 2022, durante sua campanha para a presidência, Lula (PT) disse em pleno Jornal Nacional que, se eleito, os brasileiros voltariam a “fazer muito churrasco”. “O povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha”, disse na época.
Esta fala virou cerne do debate entre os eleitores do petista e de Jair Bolsonaro (PL). Os mais conservadores afirmavam que se tratava de uma promessa populista que não seria cumprida. Volta e meia, até hoje, a tal da picanha fica entre os assuntos mais comentados do Twitter.
Na última sexta-feira, 10, entretanto, a discussão foi momentaneamente cessada depois que o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), que ficou em 0,84% no mês de fevereiro. E, surpreendentemente, o churrasco ficou de fato mais barato. A picanha, a alcatra, o filé-mignon e a costela tiveram redução no preço de respectivamente 2,63%, 2,5%, 1,77% e 2,28%. Além destas carnes mais nobres, outros cortes também estão mais acessíveis, resultando em uma diminuição geral de 1,22% nos preços.
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A péssima reação da bolsa que faz Brasil ir na contramão do mundo e entrevista com Ana Paula VescoviAs bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em alta na manhã desta sexta-feira, 10. A péssima reação da bolsa à decisão do Copom fez o Brasil ir na contramão do mundo. O Ibovespa caiu 1% e o dólar subiu a 5,14 reais depois de o comitê cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano — corte menor do que a projeção do próprio BC. As taxas de juros futuras subiram e os títulos de renda fixa também se apreciaram. São esperados novos cortes de juros, mas o Copom não estipula mais as suas magnitudes. O Congresso derrubou alguns vetos do presidente Lula no orçamento de 2024 e retomou 3,6 bilhões de reais em emendas de comissão. O ministro Fernando Haddad disse que só vai comentar sobre o Copom na semana que vem e anunciou um acordo para retomar a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia neste ano e reonerá-los gradualmente a partir do ano que vem. O governo anunciou um pacote de 51 bilhões de reais em medidas para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Diego Gimenes entrevista Ana Paula Vescovi, economista-chefe do banco Santander.
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