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Por Duda Monteiro de Barros
Como surgem e se espalham os assuntos mais comentados da internet
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Como um porco assado foi parar no meio da rua em Copacabana, no Rio

Ação deslocada gerou comoção geral do bairro: alguns aprovaram, e outros, como mostra post da página Copacabana Alerta, nem tanto

Por Marina Rappa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 abr 2019, 18h49 - Publicado em 25 abr 2019, 18h05

Os moradores de Copacabana, no Rio de Janeiro, ficaram surpresos (para dizer o mínimo) ao verem um porco inteiro sendo assado no meio da rua. As imagens do leitão em um espeto rolaram a internet e na página de humor no Facebook, Suburbano da Depressão. O post, feito em 23 de abril, alcançou 4.000 reações, 1.500 comentários e mais de 500 compartilhamentos.

A publicação que viralizou, inclusive, mostra uma reação indignada de um participante do grupo chamado Copacabana Alerta. O que aparenta ser um morador afirma: “A que ponto chegou o abandono dessa cidade: um homem assando um porco inteiro na rua Edmundo Lins, esquina de Figueiredo de Magalhães, jogando álcool e mais álcool. O bicho inteirinho! Isso no meio da rua e nenhuma autoridade para proibir”. Em resposta, alguns usuários acharam graça do ocorrido. “Assar o porco ok! Mas cadê o pão de alho? Se fosse em Madureira teria!!! Amadores…”, disse uma das observadoras.

Mas como o animal foi parar no meio da rua?

A ideia surgiu de uma comitiva com sede no Rio de Janeiro formada por pessoas de vários estados. João Paulo Batista Novaes, mineiro de 38 anos, é o presidente da Comitiva os Afamados – e é também ator. Com o nome artístico de Billy West, ele conta que não esperava tamanha repercussão nas redes sociais. “No interior, o pessoal costuma fazer churrasco na rua, então achei inusitado o povo parar pra ver. Para nós de Minas Gerais, é normal”, diz.

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Ele conta que escolheu Copacabana para o evento pois foi a primeira praia que conheceu ao se mudar de Alfenas para o Rio de Janeiro. “Fiz muita amizade nas ruas de Copacabana e um amigo meu disse para fazermos naquele lugar. No dia fizemos uma oração, a rua ficou linda, com todos de mãos dadas. Era dia de São Jorge, cavaleiro do Rio, e queríamos fazer uma homenagem”.

A ação deslocada gerou comoção geral do bairro: os que passaram por ali provaram (e muitos aprovaram, segundo Billy) o prato, servido às 20h, e o evento foi um sucesso – vide a quantidade de grupos nas redes sociais em que foi compartilhada. De acordo com o presidente do grupo, o propósito da festa era relembrar os tempos em que tropeiros chegavam ao Rio. “Todas as tropas iam para o porto, com toda a culinária tropeira. Por que não nossa comitiva, que representa o Rio, fazer algo que chamasse atenção para esse fato? Queríamos representar a cidade do samba, do funk, da tecnologia, com esse sistema campeiro, do interior”.

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E não é só isso: ao #VirouViral, Ton Oliveira, de 44 anos, um dos sócios da Gelopas, companhia que aparece em um outdoor atrás do porco assado (onde também fica a loja), afirmou que o evento foi tão inusitado que aglomerou muita gente em frente ao seu estabelecimento. “O pessoal da comitiva perguntou se poderia fazer o porco aqui na frente e eu disse que sim. Isso fez com que quem estivesse passando por aqui resolvesse ficar para tirar foto com o animal no espeto, ou conversar com os organizadores. Eles foram muito gentis com todos e ainda disseram que, se voltassem mais tarde, teriam porco de graça”. E assim aconteceu: eles distribuíram o suíno “0800” (como diz Billy) aos pedestres. Com muito pesar, Ton conta que não conseguiu comer pois a loja fechou às 14h.

Uma possível ação de marketing?

E não é que a festa fez propaganda “sem querer” do negócio de Ton? Perguntado se tinha dedo dele por trás da inteligente (e talvez um pouco bizarra) iniciativa de assar o animal no meio da calçada, ele se diverte e diz que não. “Muita gente acabou conhecendo meu estabelecimento por causa da foto, mas não tive nada a ver com isso. Eu recebi muitas ligações e até visitas perguntando se o porco era meu, mas não é. E mesmo que não tenha um aumento significativo nas compras, tive com certeza uma visibilidade maior”.

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Sobre os comentários negativos, Billy nem se importa. “Claro, teve gente que não gostou, mas mesmo assim chamamos todo mundo para comer. E eu espero que essa repercussão tenha agregado algum valor para que as pessoas conheçam a culinária que nasceu ali”, conta.

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