‘O Quarto de Giovanni’: um pungente retrato do vazio existencial
James Baldwin usa de tintas autobiográficas em romance que retrata americano que se apaixona por outro homem
![](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/07/mundo-james-baldwin-19630501-001.jpg?quality=90&strip=info&w=1280&h=720&crop=1)
![VEJA Recomenda](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2018/07/livro-o-quarto-de-giovanni.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
(Tradução de Paulo Henriques Britto; Companhia das Letras; 232 páginas; 49,90 reais) Enquanto sua namorada viaja, o americano David vagueia por Paris em dúvida sobre um eventual casamento. Mas sofre um desvio de rota: na noite parisiense, apaixona-se pelo garçom italiano Giovanni. Expoente da literatura gay e afro-americana, James Baldwin (1924-1987) usa aqui de tintas autobiográficas: ele mesmo se autoexilou e namorou outro homem na capital francesa. Seu belo romance de 1956 não traz o lugar-comum da Paris festiva e liberada: é, ao contrário, um pungente retrato do vazio existencial.