Única rainha trans da Sapucaí lamenta perda de posto para 2025
Thalita Zampirolli foi dispensada da Unidos de Padre Miguel, que subiu neste ano para o Grupo Especial
Única rainha de bateria trans neste ano na Sapucaí, Thalita Zampirolli ajudou a levar sua escola, Unidos de Padre Miguel, para o Grupo Especial, a divisão de elite do carnaval carioca. A agremiação foi a grande campeã do Grupo de Acesso, título muito comemorado pela modelo na quarta-feira de cinzas, quando aconteceu a apuração. Mas o dia não foi só de alegrias: pouco depois, ela descobriu também que não seria mais a estrela da escola em 2025.
O argumento usado pela agremiação é de que a comunidade tem pedido o espaço de destaque para alguém dali, com suas raízes moldadas na Unidos de Padre Miguel. A modelo entende. Mas lamenta a maneira como recebeu a noticia. “Todos já sabiam antes de mim”, conta.
“O sentimento que eu carrego hoje é de tristeza. Tristeza porque eu também sonhei junto com a escola. De estar no grupo especial junto com a minha comunidade, junto com toda a escola. Mas eu entendo. Eu entendo, eu respeito, eu não sou dona da escola, eu não mando na escola. Mas a forma que foi conduzida dentro da quadra é o que me deixou triste. Dos componentes. As pessoas que estavam lá sabiam primeiro que eu, e não pude comemorar com muita alegria nos meus olhos, um título, uma vitória, que eu também fiz parte. Então, é isso que me machucou”, diz.