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Talíria Petrone recorre a Sonia Guajajara por complexo arqueológico

Encontro da deputada com ministra dos povos indígenas busca apoio para sítio em Niterói (RJ)

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 Maio 2024, 14h10
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  • O Sítio Arqueológico Sambaqui Camboinhas,  uma das ocupações mais antigas do litoral brasileiro, abriga cemitério ancestral na Região Oceânica de Niterói (RJ). São sete mil anos que guardam a história dos povos originários. Entretanto, o Projeto de Lei de Ocupação e Uso do Solo (PL 221/2023), aprovado em 14 de março de 2024, permite a exploração imobiliária no entorno da Lagoa de Itaipu.

    Coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) do Clima da Frente Parlamentar Ambientalista, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL) pediu reunião com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, para discutir o tema. Nascida em Niterói, Talíria teme, além do possível adensamento em diversos locais da cidade, a liberação desenfreada de construções nessas áreas antes protegidas. “A gente vive um cenário de mudanças climáticas muito graves e a lei propõe adensamento, verticalização e construção em áreas de sambaquis. Trouxemos a preocupação para o Ministério dos Povos Indígenas para vermos o que é possível ser feito”, diz Talíria.

    Para o Núcleo de Pesquisas Arqueológicas Indígenas (NuPAI), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), o lugar é sagrado e a iminente construção de um condomínio de luxo no local “é um insulto às populações indígenas atuais e à memória de seus ancestrais”. “Niterói está entre uma das 1942 cidades com risco de eventos extremos climáticos. É muito importante que a gente possa discutir a prevenção desses desastres, além de resgatar e valorizar a memória e o patrimônio cultural. Para isso, é preciso proteger toda essa área da cidade. Vamos cuidar também de Niterói”, comenta a ministra.

    A equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio de Janeiro acompanha o caso e irá concluir se a ossada, encontrada próxima à Rua Professor Florestan Fernandes, é humana. Moradores da região também são contra mais edificações e fizeram um manifesto, que já conta com mais de cinco mil assinaturas.

     

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