Ora apontada por Jair Bolsonaro (PL), de forma pejorativa, como futura ministra da Defesa em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, ora como possível suplente do governador Flávio Dino (PSB), pré-candidato ao Senado, a ex-presidente Dilma Rousseff, ao contrário do que vinha sendo ventilado nos bastidores, já não pode ser considerada carta fora do baralho político. Oficialmente, no entanto, Dilma afirmou que não é candidata a nenhum cargo.
Ainda que adversários acusem Lula de esconder a apadrinhada de sua pré-campanha à presidência da República, Dilma foi às redes sociais desmentir que haja rusgas entre ela, o PT e Lula. Em uma série de posts em sua conta no Twitter, escreveu: “Não me sinto isolada pelo Partido dos Trabalhadores. Não adianta quererem fazer intriga entre mim e o presidente Lula. Nossa relação de confiança já foi testada inúmeras vezes e é inabalável”.
A manifestação pública ocorreu dias após o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso afirmar que o impeachment de 2016 foi, na realidade, um golpe por falta de apoio político.
Filiado ao PT no ano passado, o ex-deputado Jean Wyllys defendeu a relação entre os ex-ocupantes do Palácio do Planalto. “Lula e Dilma são amigos e se respeitam mutuamente. Um reconhece o valor do outro. E ambos sabem que o impeachment dela e a prisão dele foram parte de um mesmo golpe. A amizade é forte”, disse a VEJA.
Enquanto oponentes tentam usar a imagem de Dilma como um ponto negativo para a campanha de Lula, o futuro da ex-mandatária segue sendo uma incógnita, ao menos, até outubro.