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‘Nem 30% do Egito Antigo foi revelado’, diz egiptólogo

Pedro Luiz Von Seehausen, pesquisador do Museu Nacional, comenta recente achado de uma enorme estátua do faraó Ramsés II

Por Giovanna Fraguito Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 mar 2024, 23h53 - Publicado em 13 mar 2024, 11h00

Há uma semana, uma missão arqueológica conjunta entre egípcios e norte-americanos encontrou a parte superior de uma enorme estátua do faraó Ramsés II, morto em 1213 a.C., durante escavações ao sul da cidade egípcia de Minya. O bloco de calcário tem cerca de 3,8 metros de altura e retrata Ramsés sentado portando uma coroa dupla e um adorno de cabeça com uma cobra real. Combinada com a parte inferior, encontrada décadas atrás, pelo arqueólogo alemão Gunther Roeder, a estátua atinge impressionantes sete metros de altura. Pedro Luiz Von Seehausen, arqueólogo, egiptólogo e editor de arquivos tridimensionais no Museu Nacional, conversou com a coluna sobre a recente descoberta de parte de grande estátua de Ramsés II e a relação do país com o Brasil.

O que significa esse novo achado? É um achado interessante, é uma estátua grande, propriamente dita… a parte de baixo dela já tinha sido achada. Mas se isso vai mudar muito sobre o que a gente entende de egiptologia? Não. O que mais tem hoje em dia são estátuas colossais do Ramsés II, principalmente. É interessante, mas não muda muito.

Existe alguma estimativa do que ainda falta ser revelado no país? É muito difícil a gente definir, mas eu diria que a gente conhece muito pouco do Egito Antigo. Chutaria algo em torno de 30%, tem muita coisa para se escavar e ser revelada. O que a gente conhece do Egito Antigo é uma pequena fração. Estamos falando de uma sociedade de 3.000 anos que viveu na região, e os achados arqueológicos são uma pequena fração daquela sociedade. É como se a gente olhasse de uma janelinha bem pequena aquela sociedade.

No Brasil, após incêndio do Museu Nacional, estudos sobre o Egito Antigo foram muito prejudicados? Sim, prejudicou algumas pesquisas que estavam sendo feitas, porque apesar da gente ter conseguido recuperar uma grande parte da coleção, ainda somos a maior coleção egípcia na América Latina, algumas peças se perderam e outras foram alteradas pelo fogo. Quando a gente perde uma peça, por exemplo os caixões, elimina a possibilidade de fazer novos estudos. Lógico que o incêndio também abriu a possibilidade de fazer novos estudos com coleção, por exemplo, uma estatueta que está quebrada em uma parte acaba revelando um detalhe da construção dela que a gente não teria visto de outra forma. O incêndio, ao mesmo tempo que silenciou alguns estudos e ideias, tornou possível outros olhares.

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Como está hoje a relação com o país? Eles ainda fazem doações de peças para o Brasil? Acho que ela nunca esteve melhor. Depois dessa visita do Lula ao Egito, onde ele lançou uma série de trabalhos, de projetos, de cooperação, nunca vi uma relação tão boa entre os dois países. Há diversos termos de cooperação técnico-científica assinados. Nesses cem anos de relação diplomática entre o Brasil e Egito, as relações estão da melhor forma possível.

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