Ferrenha defensora da causa animal, Brigitte Bardot, 87 anos, foi condenada a pagar multa de 20 mil euros (cerca de 128 000 reais) por ter feito insultos racistas contra os moradores da Ilha Reunião, no Oceano Índico. Bardot enviou uma carta há dois anos ao governo local para denunciar o que disse considerar “agressões” a cabras, cachorros e gatos.
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Ela comparou o lugar à “Ilha do Diabo”, cuja população seria “degenerada e ainda imbuída das tradições bárbaras das suas raízes”. Na carta, Bardot conta que animais estariam sendo “feridos, envenenados e amputados” e citou que, por lá, seria comum usar cães ou gatos como isca para a pesca de tubarões, e também “decapitar cabras em festivais indígenas”.
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A condenação do tribunal acabou respingando no assessor de imprensa de Bardot, Bruno Jacquelin, por “cumplicidade em ofensas públicas”. À época, a atriz pediu para Jacquelin encaminhar a carta a jornais, revistas e sites da França. A multa aplicada a ele é de quatro mil euros (25 000 reais).
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Os insultos provocaram grande indignação em todo o país e Annick Girardin, então ministra dos Territórios Ultramarinos, enviou carta aberta a Bardot em que dizia que “o racismo não é uma opinião, é crime”. A atriz pediu desculpas pelas ofensas racistas e tentou se justificar, dizendo ter ficado furiosa com o “destino trágico” dos animais da ilha. Não colou – e a multa foi aplicada nesta quinta (4).