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As medidas para população de idosos que tende a crescer no país

Luis Carlos Silveira, precursor da medicina da longevidade, fala sobre envelhecimento e bem-estar

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 set 2022, 11h30 - Publicado em 8 set 2022, 10h00

O médico Luis Carlos Silveira, um dos precursores da medicina da longevidade no país, fala a coluna sobre os desafios de uma população que envelhece a passos largos – já se comparando a níveis de expectativa de vida europeus. Silveira também é fundador de um dos melhores spas médicos do mundo, o Kurotel, com o propósito de ser um centro integrado de saúde e bem-estar, na serra Gaúcha. O espaço se tornou referência em tratamentos como pós-Covid. A seguir, a conversa com o médico.

O que quer dizer medicina da longevidade? Os estudos têm mostrado que a longevidade depende de alguns fatores: 53% correspondem ao estilo de vida, 17% da genética, 20% do meio ambiente e 10% da assistência médica. Diante disto, o que podemos influenciar diretamente é o primeiro e o último; e é nestes aspectos que baseamos nosso método há 40 anos.

Por que o Brasil ainda não sabe lidar com seu envelhecimento populacional? Os números mostram que o Brasil vem envelhecendo, assim como outros países do mundo. O processo de envelhecimento é gradual e natural. Há necessidade de uma melhoria na qualidade de vida. Sem isso, não há longevidade. Portanto, ele é uma consequência.

O que é preciso fazer? Precisamos da infraestrutura das cidades para uma faixa etária maior e políticas adequadas para o trabalho e para a aposentadoria. A última pesquisa do IBGE mostra que a proporção de pessoas abaixo dos 30 anos recuou 49,9% da população do país em 2012 para 43,9%. No período o número de brasileiros nesta faixa etária baixou de 98,7 milhões para 93,4 milhões. Ou seja, uma queda de 5,3 milhões de habitantes.

Há um envelhecimento acelerado da população. Sim! Teremos em breve uma parcela menor da população trabalhando para muitos aposentados. Algumas medidas importantes para atender esta população de idosos:  Política de saúde diferenciada; Projetos de cidades inteligentes para atender pessoas com mobilidade reduzida; Política previdenciária; e na outra ponta investir na educação para os jovens qualificando-os para lidar com questões mais complexas. Ou seja, aumento da produtividade para manter o crescimento econômico e social.

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Os benefícios do envelhecimento sadio são díspares entre determinados grupos sociais (brancos e negros, por exemplo). A que se deve isso? O envelhecimento sadio é multifatorial. Depende da carga genética, das condições e da infraestrutura onde a pessoa está inserida e do estilo de vida. Algumas características são imutáveis. Devemos concentrar esforços naquelas que estão sob nosso controle. Em se tratando de envelhecimento populacional, saneamento básico, acesso ao sistema de saúde para vacinas e medicamentos, segurança, são importantíssimos. Quando as condições são adequadas, o empenho individual faz mais diferença do que a característica genética.

Como conquistar melhora da qualidade de vida num cenário socioeconômico tão complicado no país? Informação, incentivo e acompanhamento são muito importantes. Mesmo entre a população com maior nível socioeconômico, apenas informação não foi suficiente para a melhoria da qualidade de vida. Profissionais capacitados devem fazer o incentivo e o acompanhamento. Às vezes, as pessoas estão bem numa variável e apresentam déficit em outra. É inegável que piores condições socioeconômicas como falta de saneamento básico, moradia, dependência econômica ou instabilidade financeira podem deixar a saúde vulnerável.

 

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