Heloisa Buarque de Hollanda, 83 anos, aguardava ansiosa o resultado da eleição que definiria o ocupante da cadeira de número 30 da Academia Brasileira de Letras (ABL), que pertencia a Nélida Piñon e à qual ela concorria. Estava na casa do filho quando o telefone tocou, deixando todos alertas. “Bateu aquele estresse, mas era minha reumatologista marcando consulta. A gargalhada foi geral”, conta a escritora e crítica literária, que, em seguida, recebeu a tão esperada notícia. Dessa vez, era a atriz Fernanda Montenegro, agora sua colega de ABL, que trazia a boa nova em mensagem no celular. “Ela disse que eu tinha ganhado de goleada. Foi lindo”, diz Heloisa, cujo tradicional fardão que usará na posse, na casa de 70 000 reais, será pago pelo prefeito Eduardo Paes.

Publicado em VEJA de 7 de junho de 2023, edição nº 2844

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