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Nova biografia de Elizabeth Montgomery revela intimidade da atriz de ‘A Feiticeira’

Esta semana foi lançada nos EUA uma nova biografia da atriz Elizabeth Montgomery, a intérprete de Samantha Stevens de A Feiticeira. Escrita por Herbio Pilato, fã da série que se tornou amigo de Elizabeth, o livro recebeu o título de Twitch Upon A Star. Pilato já tinha publicado dois livros sobre a produção de A Feiticeira, os quais trazem dados […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 07h21 - Publicado em 26 nov 2012, 12h16
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Elizabeth Montgomery em 1968

Esta semana foi lançada nos EUA uma nova biografia da atriz Elizabeth Montgomery, a intérprete de Samantha Stevens de A Feiticeira.

Escrita por Herbio Pilato, fã da série que se tornou amigo de Elizabeth, o livro recebeu o título de Twitch Upon A StarPilato já tinha publicado dois livros sobre a produção de A Feiticeira, os quais trazem dados biográficos da atriz. Mas em nenhum deles foram mencionados os detalhes que aparecem nesta nova biografia de Elizabeth (a atriz já tinha ganho uma biografia em 2005, com o livro Elizabeth Montgomery: a Bewitching Life, de Rita E. Piro).

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Filha dos atores Robert Montgomery e Elizabeth Allen, Elizabeth cresceu à sombra do pai. Quando ela tinha dezessete anos, seus pais se separaram. Elizabeth e seu irmão Robert foram morar com a mãe.

Segundo Pilato em entrevista ao jornal Daily Mail, a atriz passou a vida tentando impressionar o pai. Ele, por sua vez, parecia não gostar da decisão da filha de seguir a carreira artística. A busca pelo amor do pai levou Elizabeth a se envolver com homens mais velhos. Além de quatro casamentos, ela também teria mantido relacionamentos com Gary Cooper, com Dean Martin e com Alexander Godunov.

O primeiro marido de Elizabeth foi o aspirante a produtor Frederic Gallantin Cammann, dez anos mais velho que ela. Os dois se separaram quinze meses depois. Ele queria que Elizabeth largasse a carreira e se tornasse uma dona de casa e mãe.

Em 1957 ela se casou com o ator Gig Young, 25 anos mais velho. O casamento acabou seis anos depois porque Gig era alcoólatra. Pilato acredita que, nesta época, a atriz era vítima de violência doméstica. Muitos devem se lembrar que o ator, em 1978, matou a segunda esposa e cometeu suicídio.

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O terceiro marido de Elizabeth foi o produtor William Asher, doze anos mais velho, com quem Elizabeth teve três filhos. O casamento durou o período de produção de A Feiticeira. Neste meio tempo, os dois teriam mantido relações extraconjugais. Segundo Pilato, em 1971 Elizabeth se envolveu com Richard Michaels, roteirista, diretor e produtor da série, que também era casado.

A atriz encontraria estabilidade com o ator Robert Foxworth que, ao contrário dos demais, era oito anos mais novo que Elizabeth. Eles se conheceram em 1973, durante a produção de Sra. Sundance, piloto de série que não foi aprovada pela rede ABC. Os dois viveram juntos por vinte anos antes de se casarem em 1994. Elizabeth e Robert ainda estavam casados quando ela faleceu em 1995, vítima de um câncer colorretal.

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Robert e Elizabeth Montgomery em 1955

Segundo Pilato, o pai de Elizabeth estava consciente da dependência emocional da filha por ele. Robert teria recusado o convite de Elizabeth para interpretar seu pai em A Feiticeira, papel que ficou com Maurice Evans. Quando ela estrelou o filme A Lenda de Lizzie Borden/The Legend of Lizzie Borden, no qual interpreta uma mulher acusada de assassinar os pais, Robert teria dito à filha acreditar que ela seria capaz de matá-lo. Segundo Pilato, Robert considerou o filme como uma mensagem para ele.

O livro também revela que Elizabeth não gostava de ser lembrada por A Feiticeira e não se relacionava bem com Dick York, o primeiro ator que interpretou seu marido. Isto porque, segundo Pilato, Elizabeth sabia que Dick estava apaixonado por ela, o que a deixava em uma situação desconfortável, já que ela era casada com o produtor da série. Com isso, a intérprete de Samantha também não tinha um bom relacionamento com Agnes Moorehead, que fazia Endora, sua mãe na série. Agnes era amiga de Dick e não gostou de vê-lo substituído por Dick Sargent, a quem ela teria destratado várias vezes, a ponto de levá-lo às lágrimas em certa ocasião.

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Os fãs devem se lembrar que York deixou a série porque sofria de dores crônicas na coluna, um problema causado por um acidente durante a produção do filme Heróis de Barro/They Came To Cordoba. As dores o levaram a se tornar dependente de analgésicos. Com o passar dos anos, o problema se agravou. Segundo Pilato no livro The Bewitched Book, publicado em 1992, o ator deixou o elenco da série quando, após desmaiar durante as filmagens de uma cena, foi levado para o hospital. Os médicos desaconselharam o ator a continuar trabalhando, tendo em vista as horas de gravações e os esforços físicos aos quais ele se submetia diariamente. Assim, ele foi substituído por Dick Sargent, ator que originalmente estava cotado para interpretar o personagem. Os problemas na coluna levaram York a uma cadeira de rodas. Com enfisema, ele também ficaria dependente de um respirador até sua morte, em 1992, aos 63 anos.

Na entrevista ao jornal britânico, a imagem que Pilato passa de Elizabeth é de uma mulher carente e triste, o que reforça os comentários feitos por outros atores que a conheceram. Em entrevistas concedidas ao longo dos anos, Sally Field e Barbara Eden (que dividiram o camarim com a atriz na época em que estrelavam as séries Gidget e Jeannie é um Gênio, todas produzidas pela Columbia Pictures) disseram que Elizabeth era uma mulher que não gostava de conversar e frequentemente chegava ao estúdio mal humorada. Pilato diz que, no leito de morte, Elizabeth pediu para ficar sozinha no quarto, pois não queria que ninguém a visse quando ela partisse.

O livro Twitch Upon A Star já está disponível nas livrarias americanas. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

Cliquem nas fotos para ampliar. 

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