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Por Fernanda Furquim
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.
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Morre o ator James Garner

Famoso pelas séries Maverick e Arquivo Confidencial, James Garner faleceu no dia 19 de julho, aos 86 anos de idade. Segundo a CNN, Garner foi encontrado morto em sua casa no sábado à noite. Os paramédicos foram chamados, mas o ator foi declarado morto no local. A polícia de Los Angeles disse que James faleceu […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 03h27 - Publicado em 20 jul 2014, 13h27
James Garner em 1965 (Foto: Getty)

James Garner em 1965 (Foto: Getty)

Famoso pelas séries Maverick e Arquivo Confidencial, James Garner faleceu no dia 19 de julho, aos 86 anos de idade. Segundo a CNN, Garner foi encontrado morto em sua casa no sábado à noite. Os paramédicos foram chamados, mas o ator foi declarado morto no local. A polícia de Los Angeles disse que James faleceu vítima de causas naturais.

A saúde do ator já vinha declinando nos últimos anos. Em 1988, James foi submetido a uma cirurgia para implantar cinco pontes de safena; em 2000, o ator precisou operar os dois joelhos, um problema que o atormentava desde a década de 1970. Em 2008, sofreu um derrame, do qual se recuperou, mas que o afastou da carreira e da vida pública.

James Scott Bumgarner nasceu em Oklahoma, em 7 de abril de 1928. Seus primeiros anos de vida não foram fáceis. Mildred, a mãe de James, que era filha de Cherokee, faleceu quando ele tinha quatro anos de idade. James cresceu durante a depressão econômica ao lado dos irmãos. Quando ele tinha sete anos, a loja de seu pai pegou fogo, o que forçou Weldon, conhecido como Bill, a deixar o três filhos vivendo com parentes enquanto tentava refazer sua vida. Quando se casou novamente, Bill reuniu a família. Mas o alcoolismo do pai e as constantes surras que levava da madrasta transformaram a adolescência do ator em um inferno.

Forçado por ela a usar vestido em público e testemunhando os assédios sexuais que um de seus irmãos sofria, James, com 14 anos de idade, revidou. Durante uma surra, ele tentou estrangulá-la. A agressão à madrasta levou ao fim do casamento do pai. Mas a experiência que teve durante esse período o perseguiu por muitos anos, levando-o a temer por sua vida. Garner acreditava que ela tentaria se vingar emboscando-o em alguma esquina com uma arma.

'Maverick' (Foto:

James e Jack Kelly (D) em ‘Maverick’ (Foto: ABC/Arquivo)

James se uniu à Marinha Mercante. Mas os constantes enjôos o levaram de volta para casa. Na escola, seu professor sugeriu que ele tentasse uma carreira de modelo, recomendando-o a uma agência que estava selecionando homens para um anúncio. James só se interessou pelo trabalho porque pagava 25 dólares por hora. “Era um salário maior do que o que o diretor da escola recebia na época”, comenta ele em sua autobiografia.

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Em 1950, James foi convocado para servir na Guerra da Coréia, onde foi ferido duas vezes. A guerra fez surgir nele um forte sentimento de oposição aos conflitos armados.

Voltando a Los Angeles, James reencontrou Paul Gregory, um velho conhecido seu que agora trabalhava como produtor teatral. Esse amigo o colocou no elenco de The Caine Mutiny Court Martial, peça estrelada por Henry Fonda, que retrata um julgamento de um oficial militar. Garner interpretou um dos jurados. Observando Fonda noite após noite, ele foi se envolvendo com a arte da interpretação e tomando gosto pela profissão. Um dia, ele foi visto por um caça talentos da Warner Brothers, que o contratou.

Como ator contratado, James era forçado a trabalhar em filmes e séries designados pelo estúdio. Depois de fazer participações em séries e filmes, ele foi escalado pela Warner a estrelar Maverick. A série é fruto da curiosidade do roteirista Roy Huggins (O Fugitivo) de descobrir quantas regras estabelecidas pelo formato do faroeste na TV ele conseguiria romper sem ser punido por isso.

James interpretou Bret Maverick, um homem avesso a armas. Adotando uma postura que poderia facilmente ser considerada covarde, ele utilizava a lábia para escapar de conflitos físicos. Jogador inveterado e golpista, ele prefere fugir da cidade a enfrentar os problemas que ele mesmo criou. É claro que nem sempre conseguia.

James com Noah Beery Jr. em 'Arquivo Confidencial' (Foto: NBC/Arquivo)

James com Noah Beery Jr. em ‘Arquivo Confidencial’ (Foto: NBC/Arquivo)

Em 1960, James deixou o elenco de Maverick  após uma disputa contratual. Ele se afastou da Warner e seguiu com sua carreira no cinema. O ator retornaria à TV na década de 1970 com o faroeste Nichols, série de curta duração na qual interpretou um personagem muito parecido com Bret. Por curiosidade, esta era a série favorita do ator. Mas foi com o clássico Arquivo Confidencial, série policial também criada por Huggins, em parceria com Stephen J. Cannell, que James se estabeleceu novamente no veículo. Tanto Maverick quanto Arquivo Confidencial estabeleceram a marca do herói relutante, um retrato da personalidade do próprio ator.

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Entre 1981 e 1982, James voltou a interpretar Maverick na série de curta duração Bret Maverick. Entre 1991 e 1992, ele estrelou Man of the People, na qual interpreta um homem que assume o lugar da esposa no conselho municipal. Em 2002 ele esteve no elenco de First Monday, série jurídica de curta duração na qual interpreta um juiz. Em 2003, ele entrou no elenco de 8 Simple Rules…For Dating My Teenager Daugther, após a morte de John Ritter. O ator permaneceu no elenco até 2005, quando a série foi cancelada.

James em 2005 (Foto: WireImage)

James em 2005 (Foto: WireImage)

No início da década de 1970, James montou sua própria produtora, a Cherokee Productions, com a qual ofereceu produtos para a TV e para o cinema. Na década de 1980, ele processou a Universal, acusando-a de não lhe pagar corretamente sua parte no lucro de Arquivo Confidencial. Um acordo foi feito em 1989, fora dos tribunais. Segundo a imprensa na época, o estúdio teria pago a James o valor de 14 milhões de dólares como parte do acordo.

Democrata, James participou de vários movimentos pelos direitos civis e causas relacionadas ao meio ambiente. Foi durante uma convenção política em 1956 que ele conheceu Lois Clarke, por quem se apaixonou. Eles se casaram duas semanas depois. Ao contrário de boa parte das uniões em Hollywood que termina em divórcio, James e Lois permaneceram casados até a morte do ator. O casal teve uma filha, Greta, conhecida como Gigi, sendo que Garner adotou a filha de Lois de uma relação anterior, Kimberly.

Em 2012, James publicou sua autobiografia, The Garner Files: a Memoir, em parceria com Jon Winokur.

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