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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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‘Só Se For por Amor’: Lucy Alves mira próprio passado na Netflix

Atriz paraibana embarca em jornada dividida entre amor e carreira em nova produção da gigante do streaming

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 set 2022, 10h14

Descoberta há quase dez anos no reality The Voice Brasil, da Globo, Lucy Alves desponta como protagonista de Travessia, novela das 9 que substitui Pantanal no horário nobre da emissora em outubro, mas antes estrela uma produção marcante no streaming: Só Se For por Amor, nova série da Netflix que estreia na próxima quarta-feira, 21. Com um rosto difícil de escapar do público pelos próximos meses, a paraibana de 36 anos conta a VEJA sobre a experiência de gravar uma trama quase inspirada em sua própria vida. Na série que aborda o universo da música sertaneja, a atriz interpreta Deusa, uma jovem cantora e compositora que precisa escolher entre um grande amor e uma chance de carreira de sucesso na música – algo vivido pela própria nordestina ao apostar na vida artística sem o Clã Brasil, grupo formado por ela com seus pais e duas irmãs.

Enquanto em Só Se For por Amor a ambição de Deusa a leva a abandonar o amado Tadeu (Filipe Bragança) e sua banda para tentar virar uma estrela pop apadrinhada pelo empresário César Marcolo (Gustavo Vaz), na vida real Lucy precisou seguiu carreira solo após o fim natural do Clã Brasil, fundado pelo pai de Lucy, José Hilton, em 2001, sua mãe, Maria, e as irmãs Laryssa e Lizete. O grupo de forró e instrumentos de corda se apresentou com a sanfoneira na final do The Voice Brasil de 2013. Após o programa conferir projeção nacional a Lucy, suas irmãs se formaram em Medicina e optaram pela profissão; já os pais preferiram rotinas mais simples. Apesar de Lucy ter chegado a cursar Direito por cinco períodos, a vontade de ser artista falou mais alto, levando a paraibana a cantar com a banda de Alceu Valença, apresentar-se em musicais e a investir na carreira de atriz a partir de 2016, com a novela Velho Chico, da Globo.

Confira a entrevista de Lucy Alves a VEJA:

Você considera Deusa uma personagem com tintas auto-biográficas, por ser nordestina, sanfoneira, dividida entre amor familiar e carreira? Sim, em muitos momentos do texto eu me vi ali, até entrei em crise pensando se era eu. E é difícil, né? Eu acho que o papel mais difícil é você interpretar a si mesma. Então, foi uma forma muito bonita de revisitar alguns momentos da minha carreira, de fazer escolhas. Apostar na carreira solo aconteceu comigo também, quando as minhas irmãs se formaram e eu vi que queria continuar com a música. Lucy e Deusa têm várias coisas parecidas.

Sentiu dificuldade em fazer algo na série? Só Se For por Amor revisitou esses lugares que se parecem muito com a minha vida, que levam a muita emoção, então foi até difícil de me concentrar. Acho que cada personagem tem uma complexidade, né? Mas, no caso da Deusa, mexeu comigo. Sou muito passional.

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Já que você viveu isso na prática, diria que a escolha mais certa é a carreira em vez do amor? No meu caso, eu acho que fiz certo. Eu segui meu coração, e isso é muito subjetivo. Cada pessoa tem um sonho. Até que ponto você pode abdicar de tudo, até que ponto você tem essa estrutura para que essas pessoas possam vir com você? A Deusa apostou nela porque tinha uma vontade muito forte dentro do coração e foi lá desbravar isso. É muito sobre seguir sua intuição e seus sonhos.

Como expoente da cultura da Paraíba, percebe um movimento mais forte de valorização do Nordeste? Eu sinto que está bem mais forte, sim. Nossa, a gente está podendo mostrar muito mais nosso trabalho, ter visibilidade. Hoje, um ator não precisa mais perder o sotaque para estar numa grande emissora de TV. E ter de fazer isso era bizarro: o sotaque da gente define muito do que a gente é, de como a gente pensa. É frustrante castrar esse lado da pessoa. Hoje, eu vejo que as pessoas, os artistas, as produções, os diretores, os criadores de filmes de séries e novelas estão procurando o diferencial, pois isso é que fica bonito, né? Principalmente no Brasil, que tem tantos sotaques e é o que a gente vê na série. Tem muita música sertaneja, tem esse sotaque bacana, tem Goiás, mas também tem Brasil ali dentro.

Só Se For por Amor se inspirou em artistas específicos? A gente faz uma grande homenagem às cantoras, principalmente do sertanejo, que vêm mudando esse movimento que é tão masculino e, assim como no forró, tão fechado. Marília Mendonça (1995-2021), na minha opinião, rompeu todas as barreiras. Uma das maiores cantoras que a gente teve, uma das maiores compositoras do Brasil, uma mulher que sabia falar para as mulheres e que rompeu barreiras ali dentro, ao falar de bebida, falar que beija, ama quem quiser e pode cantar sua sofrência. Nossa série, aliás, tem muita sofrência.

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