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Por Kelly Miyashiro
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
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Shyamalan sobre ‘Servant’: “O sobrenatural me permite ser eu mesmo”

Diretor conhecido por filmes com muitas reviravoltas estreia última temporada da primeira série que produziu para Apple TV+; confira entrevista

Por Marcelo Canquerino Atualizado em 18 jan 2023, 18h54 - Publicado em 14 jan 2023, 10h00

Após a morte do filho recém-nascido, Dorothy Turner (Lauren Ambrose) acredita que o bebê, na verdade, está vivo sob a forma de um boneco reborn chamado Jericho. Em busca de manter o relacionamento, seu marido, Sean (Toby Kebbell), decide alimentar a ilusão da esposa — que cuida do brinquedo como se fosse uma pessoa real. A vida do casal ganha contornos mais bizarros quando eles decidem contratar uma babá para cuidar do “bebê” em Servant, série da Apple TV+ que estreou sua quarta e última temporada na sexta-feira, 13. Primeiro projeto produzido pelo diretor M. Night Shyamalan para a televisão, a história é um drama sobre luto que mescla elementos de terror a comédia. Durante coletiva mundial com o diretor da qual VEJA participou, Shyamalan falou do que mais o atraí no sobrenatural e deu detalhes sobre como foi gravar uma série — campo até então inexplorado pelo cineasta. Confira:

Servant se estendeu por quatro temporadas e durante o período da série você gravou Batem à Porta, seu próximo filme. Como foi trabalhar com essas duas histórias simultaneamente? Fazer uma série foi algo estranho ao longo desses anos. Senti como se estivesse jogando dois esportes diferentes (dos quais adoro) ao mesmo tempo. No primeiro, com o qual cresci, chamado cinema, você tem por volta de duas horas para contar uma história. E agora, tem esse novo tipo de esporte para mim, as séries, que eu também amo. Parte de mim, sente que não consigo fazer as duas coisas simultaneamente em um alto nível por muito tempo. É difícil. É como se em um quarto eu estivesse caminhando com Servant e em outro com Batem à Porta. São partes ligeiramente diferentes do meu cérebro. E foi assim que consegui dar conta dos dois. Mas física e emocionalmente é algo muito difícil de se continuar a fazer. Parte de mim, queria estar tocando apenas um projeto. Me questionava: eu conseguiria ter feito oito temporadas de Servant se só estivesse trabalhando na série? Ou eu conseguiria colocar toda a minha atenção no filme se só estivesse gravando ele? Mas apesar disso, na maioria do tempo acho que Servant Batem à Porta acabaram se ajudando.

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Cena da terceira temporada de ‘Servant’ – (Apple TV+/Divulgação)

Muitos de seus trabalhos são produções de terror. O que o atrai no sobrenatural? Acho que todo mundo tem um lugar de garantia. Já trabalhei com vários cineastas e contadores de histórias, e cada um deles tem uma força diferente. Um é mais físico, outro mais peculiar, outro mais sombrio. Para mim, o sobrenatural me permite ser eu mesmo. Acredito em coisas que não são necessariamente religiosas. O gênero sobrenatural me deu determinação para me apoiar em meus pontos fortes de sistema de crenças.

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A história da série estava toda planejada desde o começo ou foi mudando à medida que as temporadas eram filmadas? Desde o começo, eu tinha uma ideia exata sobre arquitetura da família principal. Era algo que estava muito claro para mim. Mas a mitologia foi evoluindo com a progressão da série. E uma das coisas mais legais do formato série é que você tem um momento onde está aprendendo com os personagens. É algo orgânico e muito bonito. Então, os personagens vão te guiando para onde você precisa ir. Chegando lá você precisa escolher um destino. Um pouco antes da metade de Servant comecei a me questionar para onde a história quer ir. Porque eu não queria continuar em ondulações, ficar preso nelas, e não ser capaz de levar a produção para frente. Foi um processo de aprendizagem e comprometimento — como se fosse uma espécie de relacionamento.

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