Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
Continua após publicidade

Série documental revela abusos nos bastidores do canal Nickelodeon

Prestes a estrear no Brasil pelo Max, doc mostra ambiente de traumas nas produções infantis

Por Amanda Capuano Atualizado em 3 jun 2024, 16h54 - Publicado em 13 abr 2024, 08h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • TRIO INUSITADO - Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez em Only Murders: gerações unidas por um assassinato -
    JOVEM VÍTIMA - Drake Bell (à esq.) com Josh Peck, na época do sucesso 'Drake & Josh': “Preciso pagar pela minha terapia”  (Frazer Harrison/Getty Images)

    Vinte anos atrás, o treinador de diálogos e atuação Brian Peck, então parte da equipe do canal infantil Nickelodeon, foi condenado a dezesseis meses de prisão e registrado como agressor sexual por uma série de abusos contra um menor de idade. Na época, em 2004, o jovem de 15 anos teve a identidade protegida. Mas o mistério se dissipou semanas atrás, quando Drake Bell, estrela da série Drake & Josh, revelou no documentário O Lado Sombrio da TV ser a vítima que pôs Peck atrás das grades. “Não sei como explicar isso diante das câmeras. Pense nas piores coisas que alguém pode fazer a uma pessoa numa agressão sexual e terá sua resposta”, disse sobre a brutalidade e extensão dos estupros.

    Publicidade

    Estou feliz que minha mãe morreu – Jennette McCurdy

    Publicidade

    Transmitida originalmente pelo canal ID, nos Estados Unidos, a série documental chega ao Brasil na terça-­feira 16, pelo Max, e lança luz sobre um tópico infelizmente recorrente no entretenimento: o ambiente altamente tóxico ao qual crianças são submetidas por vezes nos bastidores do mundo mágico das produções infantojuvenis. Dividida em quatro episódios, a série foca a Nickelodeon, canal que fez sucesso nos anos 1990 e 2000 com tramas como O Show da Amanda, All That e Zoey 101, antes mesmo do estouro do Disney Channel.

    É um caso extremo: os responsáveis pela engrenagem, mostra a série, não só deixaram de proteger as crianças como criaram um ambiente favorável a predadores sexuais. Além de Peck, outros dois funcionários foram condenados por abusos a adolescentes do canal, e o chefão Dan Schneider, demitido em 2018, é acusado de assediar e humilhar funcionárias e sexualizar os menores nas telas com piadas de conotação sexual — numa cena de Sam & Cat, Ariana Grande acaricia uma batata para tentar espremer “suco” do legume, enquanto Alexa Nikolas lança um jato sugestivo de gosma no rosto de Jamie Lynn Spears em Zoey 101. Com a repercussão, Schnei­der, apontado por Bell como único do canal a apoiá-lo na época do abuso, veio a público admitir que errou em sua carreira. “Estou enfrentando meus comportamentos do passado, alguns dos quais são constrangedores e me arrependo. Devo as mais profundas desculpas a algumas pessoas”, disse após assistir à produção.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Things I Should Have Said – Jamie Lynn Spears

    Fato é que desculpas não curam traumas: nos relatos das estrelas infantis, são comuns as menções a problemas como alcoolismo, abuso de drogas e transtornos. Em resposta às acusações, a Nickelodeon — que hoje, na era do streaming e do YouTube, já não tem a popularidade de outrora entre os jovens — disse que adotou medidas de segurança ao longo dos anos e lamentou os males causados a Drake Bell. O ator chamou a resposta de “vazia”. “Eles ainda transmitem nossos programas, e eu preciso pagar pela minha terapia”, disparou. Havia horror por trás da magia.

    Publicidade

    Publicado em VEJA de 12 de abril de 2024, edição nº 2888

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.